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O dólar opera em alta de mais de 1% nesta segunda-feira (14), com os investidores ainda se desfazendo posições de países emergentes, como o Brasil, após a vitória de Donald Trump à Presidência norte-americana e em meio à disparada dos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano).
Às 15h19, a moeda norte-americana subia 1,68%, vendida a R$ 3,4492. Já a Bovespa tem mais uma sessão de queda nesta segunda-feira (14), e opera abaixo dos 59 mil pontos.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 1,32%, a R$ 3,4371 Às 9h20, alta de 2,11%, a R$ 3,464 Às 9h39, alta de 1,7%, a R$ 3,4501 Às 10h09, alta de 1,31%, a R$ 3,437 Às 10h39, alta de 1,43%, a R$ 3,441 Às 11h29, alta de 1,42%, a R$ 3,4407 Às 11h50, alta de 1,27%, a R$ 3,4357 Às 12h10, alta de 1,05%, a R$ 3,4282 Às 12h19, alta de 1,42%, a R$ 3,4406 Às 13h19, alta de 1,74%, a R$ 3,4515
Na máxima do dia, a moeda norte-americana bateu R$ 3,4752, com alta de 2,44%, segundo a Reuters.
Na sexta-feira, a moeda avançou 0,92%, vendida a R$ 3,3923. Na semana passada, o dólar subiu 4,99% sobre o real. O dólar acumulou alta de 7% nos três pregões anteriores.
Efeito Trump
"O mercado está bem atento ao que está acontecendo lá fora e o destaque é a alta bastante firme dos juros dos Treasuries [títulos do Tesouro dos EUA]", comentou o economista da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, à Reuters.
Em sua campanha à Presidência, Donald Trump prometeu criação de empregos principalmente por meio de gastos em infraestrutura, o que pode gerar inflação e obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a ser mais agressivo em sua política de elevação das taxas de juros. Assim, as taxas dos títulos norte-americanos subiam, com destaque para os de 10 anos.
Juros mais altos nos Estados Unidos têm potencial para atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, motivando, assim, uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real. O dólar também subia frente a outras moedas de países emergentes nesta sessão, como o peso mexicano.
Os investidores devem permanecer estressados até ter conhecimento do que de fato o presidente eleito vai conseguir colocar em prática das propostas radicais que anunciou em sua campanha, destaca a Reuters.
BC volta a intervir
Com a forte reação no mercado de câmbio, o Banco Central brasileiro voltou a atuar por meio de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Neste pregão, vendeu 15 mil contratos para rolar os swaps que vencem em 1º de dezembro.
No entanto, o mercado está de olho em novas atuações, como fez o BC no pregão passado, quando anunciou outros dois leilões de swaps tradicionais. Desde abril passado, ele não usava esse instrumento, atuando apenas por meio de swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. Ambas as modalidades têm o objetivo de evitar oscilações bruscas da moeda, como fortes altas e baixas.
O presidente do BC, Ilan Goldfajn, já afirmou que continuará atuando no mercado de câmbio, ressaltando que o estoque de swaps tradicionais é menor hoje em dia, o que dá "conforto" para a ação do BC. Disse ainda que o câmbio flutuante no Brasil é uma importante ferramenta e repetiu que o BC somente reduzirá o estoque de swaps tradicionais quando as condições de mercado permitirem.
Por causa do feriado da Proclamação da República na terça-feira, a "tendência é de volatilidade e baixos volumes", segundo a corretora Fair, em relatório a clientes.