G1/PCS
O dólar opera em alta ante o real nesta sexta-feira (12), chegando a R$ 4, influenciado pela cautela em relação à saúde da economia global e às perspectivas fiscais no Brasil.
Às 12h (Horário de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,34%, vendida a R$ 3,9974.
Veja a cotação de hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,07%, a R$ 3,9809. Às 9h39, estável em 0%, a R$ 3,9834. Às 10h19, alta de 0,22%, a R$ 3,9926. Às 10h30, alta de 0,47%, a R$ 4,0028. Às 10h49, alta de 0,38%, a R$ 3,9991. Às 11h20, alta de 0,33%, a R$ 3,9971.
"Com a estabilização dos mercados de ações e do petróleo, a busca por ativos mais seguros perdeu força", escreveram analistas do banco Brown Brothers Harriman em nota a clientes.
Eles ressaltaram, porém, que a volta dos mercados chineses na segunda-feira (15), após feriado de uma semana, deve trazer novos elementos de incerteza.
Temores de que a fraqueza na economia chinesa e o tombo dos preços do petróleo contaminem a economia global vêm reduzindo o apetite por ativos de maior risco e pressionando moedas emergentes, como o real.
Declarações do ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, alimentaram expectativas de corte coordenado na produção de petróleo, elevando os preços da commodity nesta sessão. Esse movimento serviu de gatilho para melhora no sentimento nos mercados globais, mas operadores ressaltavam que o humor continuava frágil.
No cenário local, investidores permaneciam apreensivos com as perspectivas fiscais no Brasil, após o governo adiar para março o anúncio do corte no Orçamento de 2016. Operadores não gostaram das sinalizações de que o contingenciamento será menor do que o promovido nos últimos anos, em meio à profunda recessão econômica.
"O mercado está sedento por mais informações sobre o ajuste fiscal. Há muitas incertezas e isso favorece a volatilidade", disse o operador da corretora Bamp;amp;T Marcos Trabbold.
Na véspera, o dólar avançou de 1,22%, vendido a R$ 3,9837. No acumulado de fevereiro, o dólar perde 1% frente ao real. Em 2016, a moeda sobe 0,9%.
Ação do BC
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, que equivalem a US$ 10,118 bilhões, com oferta de até 11,9 mil contratos.