G1/AB
O dólar abriu os negócios em alta nesta terça-feira (5), mas passou a recuar, oscilando ao redor de R$ 4 e chegando a cair para R$ 3,99 por volta de 11h, em meio a um movimento de ajuste, após o mercado ter buscado ativos considerados mais seguros como a moeda norte-americana na segunda-feira por preocupações em relação à economia da China e as consequências para a atividade global. Devido às tensões econômicas e políticas, no Brasil, a variação do dólar é mais acentuada.
Às 11h59, a moeda norte-americana recuava 0,74%, a R$ 4,0040 para venda. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia: Às 9h10, subia 0,49%, a R$ 4,0539. Às 9h39, caía 0,1%, a R$ 4,0298. Às 10h10, caía 0,25%, a R$ 4,0238. Às 10h29, caía 0,48%, a R$ 4,0143. Às 10h49, caía 0,33%, a R$ 4,0204. Às 10h59, caía 0,73%, a R$ 4,0044. Às 11h09, caía 0,85%, a R$ 3,9993. Às 11h29, caía 0,47%, a R$ 4,0148.
As ações asiáticas fecharam em queda em pregão agitado nesta terça-feira, lideradas pelas ações chinesas, após o tombo de 7% dos papéis chineses na véspera. Mas a queda de hoje foi menor - 0,26% no índice de Xangai e 0,44% no índice MSCI .
O mercado se acalmou após medidas emergenciais adotadas pelo governo chinês. O Banco Popular da China, por exemplo, injetou quase US$ 20 bilhões nos mercados, a maior atuação desde setembro de 2015.
"A gente tem fluxo de muito exportador que aproveita essa taxa para vender", disse à Reuters o operador de câmbio da Correparti Corretora Jefferson Luiz Rugik. No entanto, apesar do recuo, a cautela ainda permanecia no mercado em meio aos temores sobre a economia chinesa.
"As atuações trouxeram algum alívio, mas não totalmente. O mercado ainda vai aguardar com cautela a divulgação esta noite do PMI de serviços da China", disse Rugik, referindo-se ao Índice de Gerentes de Compras, que tem divulgação marcada para as 23h45 (horário de Brasília) desta terça-feira.
Véspera Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,18%, a R$ 4,0339 para venda. Foi o maior valor desde setembro de 2015, quando, no dia 29, a moeda fechou cotada a R$ 4,0591. Também foi o maior ganho diário desde outubro, quando, no dia 13, o dólar subiu 3,58%.
A forte alta do dólar comercial na véspera refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Na tarde de segunda-feira, o dólar turismo se aproximou de R$ 4,50.
Cenário interno No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajuda a acentuar as altas, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.
Entre as medidas a serem analisadas está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016.
Ela é necessária, nos cálculos do governo, para fechar o ano com a meta de superávit primário (a economia feita para o pagar os juros da dívida) para o setor público consolidado equivalente a 0,5% do PIB.
Interferência do BC no câmbio O Banco Central realiza nesta manhã leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a US$ 10,431 bilhões, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na véspera, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.