Economia
03/12/2013 09:55:49
Economia brasileira recua 0,5% no terceiro trimestre de 2013, diz IBGE
A economia brasileira recuou 0,5% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao anterior, que registrou avanço de 1,8% (dado revisado), segundo divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
G1/LD
A economia brasileira recuou 0,5% no terceiro trimestre de 2013 em relação\n ao anterior, que registrou avanço de 1,8% (dado revisado), segundo divulgou\n nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).\n \n Essa queda verificada de julho a setembro foi a primeira desde o primeiro\n trimestre de 2009, quando a baixa fora de 1,6%.\n \n Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,2 trilhão no terceiro trimestre.\n \n O destaque neste terceiro trimestre foi para a queda de 3,5% da\n agropecuária. Já a indústria e o setor de serviços mostraram a mesma variação,\n cresceram 0,1%. Os investimentos tiveram baixa de 2,2% e o consumo das famílias\n subiu 1%.\n \n O IBGE também apresentou a revisão do PIB de 2012 para alta de 1%, abaixo do\n que a presidente Dilma Rousseff havia afirmado em entrevista ao jornal espanhol\n "El País" no final de novembro. Na ocasião, a presidente disse que a\n economia brasileira, após revisão, havia crescido 1,5% em 2012, acima da alta\n de 0,9% divulgada pelo IBGE em março.\n \n Na comparação com o mesmo período de 2012, o PIB do terceiro trimestre de\n 2013 aumentou 2,2%, abaixo dos 2,5% previstos pelo ministro Guido Mantega na\n véspera.\n \n Na noite desta segunda-feira (2), o ministro Mantega disse que o PIB deveria\n ter sofrido "uma parada" no terceiro trimestre, em relação ao\n anterior, mas que caminhava na direção de crescimento maior. Na avaliação dos\n analistas, o resultado ficou dentro do que fora estimado.\n \n No ano, de janeiro a setembro, o PIB cresceu 2,4%, com resultados positivos\n na agropecuária (8,1%), indústria (1,2%) e nos serviços (2,1%).\n \n Investimentos e consumo das famílias
\n No terceiro trimestre, em relação ao segundo, a formação bruta de capital fixo\n (que sinaliza os investimentos na economia) caiu 2,2% e o consumo das famílias,\n que por muito tempo sustentou as taxas altas de crescimento do PIB brasileiro,\n avançou 1%.\n \n Já os gastos de consumo da administração pública subiram 1,2% em relação aos\n três meses anteriores.\n \n Na análise do setor externo, as exportações recuaram 1,4% e as importações\n de bens e serviços, 0,1%.\n \n Comparação com 2012
\n Quando os números do terceiro trimestre são analisados com os do mesmo período\n de 2012, os resultados são um pouco diferentes. Nessa base de comparação, a\n agropecuária recuou 1%. O IBGE atribuiu o resultado negativo às quedas nas\n produções de laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e café (-6,9%).\n \n Já a indústria mostrou um crescimento ainda maior nesse tipo de comparação,\n com alta de 1,9%, puxada pela indústria de transformação, que avançou à mesma\n taxa, de 1,9%. Já a indústria extrativa também registrou aumento, mas um pouco\n menor, de 0,7%.\n \n De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado pelo aumento da produção\n de máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos elétricos, material\n eletrônico, equipamentos médico-hospitalares e indústria automotiva.\n \n O setor de construção civil seguiu o mesmo comportamento de alta e teve\n expansão de 2,4%, influenciado pelo crescimento do saldo de operações de\n crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos\n imobiliários.\n \n Nessa base de comparação, os investimentos cresceram 7,3%, com destaque para\n a produção interna de bens de capital.\n \n O consumo das famílias aumentou 2,3%, a 40ª variação positiva seguida nessa\n base de comparação, com influência positiva do aumento dos salários (2,1%) e do\n saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as\n pessoas físicas (8,1%). O consumo da administração pública registrou a mesma\n taxa das despesas das famílias, de 2,3%.\n \n No setor externo, as importações cresceram mais que as exportações: 13,7%\n contra 3,1%.
\n No terceiro trimestre, em relação ao segundo, a formação bruta de capital fixo\n (que sinaliza os investimentos na economia) caiu 2,2% e o consumo das famílias,\n que por muito tempo sustentou as taxas altas de crescimento do PIB brasileiro,\n avançou 1%.\n \n Já os gastos de consumo da administração pública subiram 1,2% em relação aos\n três meses anteriores.\n \n Na análise do setor externo, as exportações recuaram 1,4% e as importações\n de bens e serviços, 0,1%.\n \n Comparação com 2012
\n Quando os números do terceiro trimestre são analisados com os do mesmo período\n de 2012, os resultados são um pouco diferentes. Nessa base de comparação, a\n agropecuária recuou 1%. O IBGE atribuiu o resultado negativo às quedas nas\n produções de laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e café (-6,9%).\n \n Já a indústria mostrou um crescimento ainda maior nesse tipo de comparação,\n com alta de 1,9%, puxada pela indústria de transformação, que avançou à mesma\n taxa, de 1,9%. Já a indústria extrativa também registrou aumento, mas um pouco\n menor, de 0,7%.\n \n De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado pelo aumento da produção\n de máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos elétricos, material\n eletrônico, equipamentos médico-hospitalares e indústria automotiva.\n \n O setor de construção civil seguiu o mesmo comportamento de alta e teve\n expansão de 2,4%, influenciado pelo crescimento do saldo de operações de\n crédito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos\n imobiliários.\n \n Nessa base de comparação, os investimentos cresceram 7,3%, com destaque para\n a produção interna de bens de capital.\n \n O consumo das famílias aumentou 2,3%, a 40ª variação positiva seguida nessa\n base de comparação, com influência positiva do aumento dos salários (2,1%) e do\n saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para as\n pessoas físicas (8,1%). O consumo da administração pública registrou a mesma\n taxa das despesas das famílias, de 2,3%.\n \n No setor externo, as importações cresceram mais que as exportações: 13,7%\n contra 3,1%.