Correio do Estado/LD
A bandeira verde que deixa a conta de energia mais barata vai permanecer até dezembro deste ano, devido a pandemia do novo coronavírus, segundo decidiu em reunião na última terça-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A medida é em situação emergencial para aliviar a conta de luz dos consumidores e auxiliar o setor elétrico enquanto durar a pandemia.
Segundo informações da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de MS (Agepan), os valores das bandeiras tarifárias são atualizados todos os anos e levam em consideração, parâmetros como estimativas de mercado, inflação, projeção de volume de usinas hidrelétricas, histórico de operação do Sistema Interligado Nacional, além dos valores e limites do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD).
Dessa forma, os consumidores da Energisa MS e da Elektro em Mato Grosso do Sul, assim como do restante do País, não terão até o fim do ano o impacto do custo que as bandeiras amarela e vermelha indicam quando as condições de geração estão mais caras.
A medida prevista para os próximos meses se tornou possível após análise que considerou as contribuições à consulta pública, além do cenário de redução de carga e as perspectivas de geração de energia, segundo laudos dos técnicos da Aneel.
Além disso, os custos cobertos pelas Bandeiras Tarifárias estão contemplados na chamada Conta-Covid – empréstimo ao setor elétrico feito junto a bancos públicos e privados, com o objetivo de aliviar os impactos da atual crise no setor elétrico.
Bandeiras tarifárias
Segundo a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no País. Quando a produção nas usinas hidrelétricas (energia mais barata) está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras, amarela, vermelha 1 ou 2.