O sul-mato-grossense já está preocupado com o impacto que o aumento \n na conta de energia elétrica vai causar no orçamento familiar, e não é à\n toa. Para o pesquisador Celso Correia de Souza, do Nepes (Núcleo de \n Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais), reajustes na tarifa de \n energia geram "bola de neve" de gastos."A influência da energia \n elétrica na inflação é muito grande. Aqui no Estado, o consumidor gasta \n cerca de 30% da renda com despesas relativas à moradia. Desses, 6,24% \n são gastos com energia", explica.Segundo o professor, a inflação \n em Campo Grande está baixa, altamente controlada. No entanto, qualquer \n que seja o aumento na tarifação resultará em alteração na taxa \n inflacionária. Isso acontece porque tudo o que é produzido depende de \n energia, direta ou indiretamente."Aumentando a energia, \n desencadeia-se um aumento dos mais diversos produtos. Aumenta o preço do\n pãozinho, do bolo, de tudo", conta. Apesar disso, o especialista está \n otimista. Para ele, tudo indica que o reajuste deve ser absorvido pela \n economia rapidamente.Márcio Okama, responsável pelo Bar do Zé, no\n centro da Capital, já está preocupado com as mudanças e previstas para o\n próximo ano. "Os dois últimos meses (junho e julho) não foram nem um \n pouco bons para o comércio. Se o comerciante não tem uma reserva, se o \n negócio dele não está muito estável, qualquer aumento de tarifa \n influencia no lucro", analisa.