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Economia
10/07/2017 10:26:00
Exportação de industrializados de MS registra nova alta e chega a US$ 1,39 bilhão no ano

Da assessoria/LD

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul voltou a registrar alta pelo segundo mês consecutivo e, no período de janeiro a junho deste ano comparado com o mesmo período do ano passado, o crescimento chega a 7%, saltando de US$ 1,29 bilhão para US$ 1,39 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Apenas comparação de junho de 2016 com junho de 2017, a receita com a exportação de produtos industriais aumentou em 14%, saindo de US$ 216,2 milhões para US$ 246,9 milhões.

Já em relação à participação relativa, no mês e no acumulado do ano, a indústria respondeu por 58% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul. Além disso, de janeiro a junho, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais” e “Couros e Peles”, que, somados, representaram 96,9% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

Na avaliação do presidente em exercício da Fiems, Alonso Resende do Nascimento, os números positivos das exportações de industrializados de Mato Grosso do Sul demonstram a retomada dos negócios por parte dos empresários locais. “Os dados são animadores e vão motivar que os empresários devem voltar a investir, tanto para quem está focado com o mercado externo, quanto para aqueles que estão voltados para o mercado interno”, destacou.

Desempenho

Já o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, destaca que, de janeiro a junho de 2017, as exportações do grupo “Celulose e Papel” somaram US$ 502 milhões, apontando queda de 4% sobre igual período de 2016, quando as vendas atingiram US$ 522,4 milhões. “A redução observada se deu principalmente pela diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose de Mato Grosso do Sul, com destaque para a China e Itália. Outro fator importante para o desempenho negativo foi a redução do preço médio da tonelada da celulose, que passou de US$ 413,30 em 2016 para US$ 403,84 em 2017”, informou.

No “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a junho de 2017 alcançou o equivalente a US$ 445,6 milhões, um aumento de 13% sobre igual período de 2016, quando o total ficou em US$ 394,4 milhões. “O crescimento observado se deu principalmente pelo aumento de 14% no preço médio da tonelada das carnes exportadas pelo grupo, que passou de US$ 2.441,61 em 2016 para US$ 2.775,20 no mesmo período de 2017. Em relação aos produtos exportados os destaques ficam por conta das carnes desossadas e congeladas de bovinos, pedaços e miudezas comestíveis congelados de frango e carnes desossadas frescas ou refrigeradas de bovinos”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

A receita de exportação de janeiro a junho de 2017 do grupo “Açúcar e Etanol” alcançou o equivalente a US$ 208,5 milhões, aumento de 90% sobre igual período do ano passado quando a receita foi de US$ 109,7 milhões. “O resultado foi influenciado principalmente pelo aumento das compras realizadas por Malásia, Bangladesh, Estônia, Iraque e Geórgia, que somados apresentaram incremento de US$ 130,6 milhões, e pela elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano”, citou Ezequiel Resende.

Outros grupos

Já no grupo “Extrativo Mineral” a receita de exportação acumulada de janeiro a junho de 2017 alcançou o US$ 93,7 milhões, indicando aumento de 40% sobre o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 66,9 milhões. “O resultado se deu pela alta de 125% no preço médio da tonelada do minério de manganês, que em 2017 está em US$ 152,03 contra US$ 67,46 em 2016. Em relação ao volume, em 2017, as vendas do grupo alcançaram o equivalente a dois milhões de toneladas. Por fim, os minérios exportados por Mato Grosso do Sul tiveram a Argentina como principal destino com US$ 88,9 milhões ou 94,8%”, relatou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.

Em relação ao grupo “Óleos Vegetais”, o período de janeiro a junho de 2017 fechou com receita equivalente a US$ 52,2 milhões, registrando queda de 50% sobre o mesmo intervalo de 2016, quando as vendas foram de US$ 103,8 milhões, tendo a Tailândia e Indonésia como principais responsáveis pela redução observada, com uma retração nas compras equivalente US$ 57,8 milhões. Quanto aos compradores, os principais até o momento são Tailândia, com US$ 17,0 milhões ou 32%, Indonésia, com US$ 12,7 milhões ou 24,3%, Coréia do Sul, com US$ 8,0 milhões ou 15,2%, Holanda, com US$ 4,8 milhões ou 9,3%, e França, com 4,7 milhões ou 9%.

Já no grupo “Couros e Peles” a receita de exportação de janeiro a junho de 2017 totalizou o equivalente a US$ 46,5 milhões, demonstrando redução de 20% sobre igual período de 2016, quando as vendas foram de US$ 58,2 milhões, influenciado principalmente pela diminuição das compras efetuadas pela China, Vietnã e Holanda. O grupo “Siderurgia e Metalurgia” fechou o período de janeiro a junho de 2017 com receita equivalente a US$ 15,4 milhões, mostrando aumento de 122% na comparação com o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 6,9 milhões. “O crescimento foi influenciado, principalmente, pela elevação das compras feitas pela Argentina, que proporcionou receita adicional de US$ 11,2 milhões”, finalizou o economista.