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Economia
14/07/2018 08:58:00
FMI diz que dívida da Argentina chegará a 65% do PIB este ano

G1/LD

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que a dívida do governo da Argentina chegará ao pico no fim do ano e depois vai cair, à medida que o país reduza seu déficit como parte do acordo de US$ 50 bilhões com o fundo, segundo um documento publicado nesta sexta-feira (13).

A previsão é de a dívida chegar ao máximo de 65% do PIB antes de cair para 56% em 2021, o último ano do programa, escreveram técnicos do FMI no documento produzido antes da aprovação do acordo. O documento não tinha sido divulgado previamente.

A dívida bruta média das nações emergentes, em 2017, foi estimada pelo FMI em pouco mais de 50% do PIB.

Uma forte desvalorização do peso no início deste ano, em meio a um recuo mundial de investidores dos mercados emergentes e preocupações sobre a habilidade do governo argentino de lutar contra a inflação, levou o país a pedir um acordo com o FMI em maio.

O documento do FMI também define políticas que o governo deve adotar para reduzir o déficit. Algumas delas não estão incluídas na carta de intenções da Argentina do mês passado, a qual delineava os passos que seriam tomados para reduzir o déficit. As políticas do FMI que não estão na carta incluem manter as tarifas de exportação de soja em uma média de 25,5% e adiar a implementação de partes das mudanças tributárias do ano passado.

Em um comunicado divulgado junto com o documento, o chefe da missão do FMI para a Argentina, Roberto Cardarelli, disse que a economia do país da América do Sul poderia encolher no segundo e terceiro trimestres. O documento prevê crescimento de 1,5% em 2019 e "cerca de 3%" em 2020.