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Economia
28/11/2013 09:00:00
Forbes: se fosse sério, brasileiros acampariam na Black Friday
Enquanto americanos acampam para garantir descontos verdadeiros, revista americana afirma que a Black Friday no Brasil está mais para fraude

Terra/PCS

Foto: AFP
Os\n americanos se reuniramnbsp;nesta quinta-feira para celebrar o Dia de Ação de\n Graças, enfrentando o vento e o frio intensos no trajeto dos desfiles\n comemorativos e começando as tradicionais compras neste ano um dia antes do que\n é o costume. Algumas lojas de eletrônicos que só abrem à meia-noite têm pessoas\n acampadas em frente, esperando a abertura. E era isso o que os brasileiros\n deveriam fazer, caso a Black Friday no Brasil fosse levada à sério, segundo\n afirma a revista Forbes.\n \n "Se\n nos EUA, a Black Friday é como um coringa para as vendas de Natal, no Brasil é\n mais oportunidade para varejistas enganarem os compradores ávidos, felizes por\n participar de uma tradição americana que lhes parece tão distante quanto a Lua.\n Se os brasileiros levassem a Black Friday a sério, eles teriam pessoas\n acampadas fora do Patio Higienópolis (shopping de luxo em SP) na quinta-feira a\n noite, ou pelo menos estariam empurrando as portas da Fnac mais próximanbsp;à\n 0h da sexta-feira”, afirmou a publicação.\n \n Nos EUA,\n pela primeira vez, grandes redes do varejo abrem as portas na tarde\n danbsp;quinta-feira, e não à meia-noite como de costume. É o caso\n denbsp;Wal-Mart e Best Buy. Em Nova York, a loja Lord amp; Taylor na Quinta\n Avenida recebeu os clientes às 9h da manhã. Na Times Square, o comércio\n funcionou normalmente. As compras antecipadas geraram protestos e petições online\n dos que condenavam o fato de trabalhadores passarem o dia longe das\n famílias.nbsp;\n \n Cerca de\n 140 milhões de pessoas devem ir às compras nos quatro dias de feriado\n prolongado, que habitualmente marca o início da temporada do consumo natalino,\n segundonbsp;cálculonbsp;da Federação Americana do Varejo.nbsp;\n \n Brasil
\n No Brasil, a Black Friday surgiu há quatro anos apenas pela Internet, mas neste\n ano varejistas se aproveitam da data para aumentar prazos das ofertas e\n estendê-las às lojas físicas, num esforço para antecipar parte das vendas de\n Natal. O Black Friday brasileiro prometenbsp;descontos de até 95% em algumas\n lojas. A fraude mais comum neste evento são as falsas ofertas, com “maquiagem”\n de descontos que nunca existiram, conforme ocorreu em edições anteriores.\n \n Segundo\n órgãos de defesa do consumidor, a pesquisa de preços deve acontecer não só no\n momento da compra, como antes dela, para ter ideia de quanto realmente custava\n antes. Depois de muitas reclamações no ano passado, neste ano surgiram algumas\n ferramentas que ajudarão o consumidor a não comprar por impulso. Sites como Terranbsp;Shopping,nbsp;Zoom,nbsp;JáCotei.com.brnbsp;enbsp;Buscapé Companynbsp;fazem o monitoramente de preços para\n garantir que as empresas não aumentem os preços uns dias antes para depois\n ofertarem os descontosnbsp;astronômicos na sexta-feira.\n \n Mesmo\n assim, as perspectivas de crescimento do faturamento com a data ajudam a\n explicar o interesse. A empresa de pesquisas E-bit estima que o comércio\n eletrônico irá faturar R$ 390 milhões com o evento, alta de 60% ante igual\n período de 2012, quando consumidores reclamaram da manipulação de preços para\n divulgação de descontos artificialmente maiores. A estimativa de crescimento da\n entidade para o varejo online em 2013 é de 25%.\n \n Desta\n vez, a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, Camara-e.net, criou um Código\n de Ética para o evento prometendo suspender a utilização do seu selo\n "Black Friday Legal" das redes que desrespeitarem as regras. Fazem\n parte da iniciativa empresas como Netshoes e Ricardo Eletro. Além disso,\n empresas sócias do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) se\n comprometeram com o Procon-SP a solucionar pontos críticos da edição de 2012,\n como falhas no serviço de atendimento e instabilidade nos sites.\n \n Confira\n dicas do Procon e da Proteste para evitar problemas durante o Black Friday:
\n - Atrair o consumidor com ofertas enganosas é uma prática abusiva. Caso encontre\n ofertas desse tipo, denuncie;
\n - Verifique os preços cobrados antes do dia marcado para o evento. Isso pode\n ser feito por meio dos sites das empresas que participarão da Black Friday e de\n outros fornecedores, inclusive na data da liquidação. Assim, evita-se o risco\n de cair na armadilha de promoções que não são tão vantajosas como o anunciado;
\n - Leia a política de privacidade da loja virtual para saber quais compromissos\n ela assume quanto ao armazenamento e manipulação de seus dados;
\n - Veja a descrição do produto, compare-o com outras marcas e certifique-se de\n que ele supre suas necessidades;
\n -Imprima e/ou salve todos os documentos (telas) que demonstrem a compra e\n confirmação do pedido (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.);
\n -Procure no site a identificação da loja (razão social, CNPJ, endereço e canais\n de contato). Caso ocorra algum problema, localizar a empresa será fundamental\n para a solução. Se o fornecedor não possuir essas informações, escolha outro;
\n - Evite sites que exibem como forma de contato apenas um telefone celular;
\n - Prefira fornecedores recomendados por amigos ou familiares;
\n - Instale programas de antivírus e o firewall (sistema que impede a transmissão\n e/ou recepção de acessos nocivos ou não autorizados) e os mantenha atualizados\n em seu computador;
\n - Nunca realize transações online em lan houses, cybercafés ou computadores\n públicos, pois estes podem não estar adequadamente protegidos.\n \n \n