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A geração de emprego de Mato Grosso do Sul em 2014 foi a pior da série história analisada pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) desde 2003. No ano passado o Estado teve saldo de 2.128 postos, redução de 89% em relação aos 21.071 gerados em 2013.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), em dezembro o Estado registrou deficit de 10.472 postos de trabalho, ou seja, demitiu mais do que contratou. Essa queda é tradicionalmente esperada devido as demissões dos temporários contratados pelo comércio para atender a demanda de fim de ano.
O número acentuado de demissões aliado a baixa contratação de mão de obra revelam um período delicado para a economia, principalmente do setor de Serviços, Construção Civil e Indústria, que em dezembro tiveram deficit de 3.294, 2.831 e 1.769 respectivamente. Neste mês, o comércio demitiu 916 trabalhadores com carteira assinada.
A baixa demissão do comércio se deve a dois motivos, uma é a baixa contratação para o fim do ano e a segunda é que o mercado absorveu alguns trabalhadores, devido a falta de mão de obra que eles alegam ter. Em dezembro, apenas os Serviços Industriais de Utilidade Pública tiveram saldo, de 59 postos.
Entre janeiro e dezembro, o setor de Construção Civil acumula deficit de 8.011 postos de emprego. A agropecuária, Extrativa Mineral e Administração Pública também tiveram quedas de 65, 15 e 12 respectivamente. Em compensação tiveram saldo de 7.804 o setor de Serviços, de 1.938 o Comércio, 381 Serviços Industriais e 108 a Indústria.
Entre os municípios, Campo Grande tem o pior deficit de postos gerados em dezembro, foram 3.378 a menos. Três Lagoas, como era de se esperar pelas demissões da Fábrica de Fertilizantes tem 1.481 a menos e Dourados, 688 negativos.