Exame/PCS
A Cia. Hering anunciou na quarta-feira, 31, em fato relevante, o fechamento de um contrato de empréstimo mediante abertura de crédito aprovado pela Secretaria de Desenvolvimento do Estado de Goiás. O valor que poderá ser contratado mediante pedido é de até R$ 631,6 milhões e vale até 31 de dezembro de 2040.
Segundo o comunicado, o contrato constitui subvenção de investimento necessário para implantação e fomento da unidade industrial de São Luís de Montes Belos (GO) por meio do incentivo fiscal do programa Produzir.
A empresa, que foi fundada em Santa Catarina, hoje tem a maior parte de sua produção concentrada em território goiano. O Estado tem atraído, com incentivos, diversas outras indústrias, entre elas a Hypermarcas.
Resultados
A Hering, a exemplo de outras varejistas, vem sofrendo com a desaceleração da economia. No segundo trimestre, a empresa teve receita de R$ 444,4 milhões, uma queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto o lucro líquido subiu 4,9%, para R$ 61,2 milhões, na mesma comparação.
As vendas no conceito mesmas lojas, que reúnem o faturamento das unidades abertas há mais de um ano, teve queda de 7,5% entre abril e junho, na comparação com o mesmo período do ano passado. A performance ficou abaixo da vista em concorrentes como Renner e Riachuelo, que conseguiram ter desempenho positivo no período, ante 2015.
O resultado das lojas abertas há mais de um ano é um dos principais indicadores acompanhados por analistas financeiros na hora de determinar a saúde de um negócio de varejo.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, em junho, o presidente da Hering, Fábio Hering, disse que os problemas da marca começaram antes da crise econômica, com uma deterioração dos resultados que começou em 2013. Apesar dessa piora, no entanto, a companhia não chegou a registrar prejuízo líquido.
Entre as mudanças que a Hering está promovendo para reverter o quadro, segundo o executivo, está a aceleração de um programa de renovação das lojas. A empresa vai gastar agora R$ 30 milhões para ajudar a bancar a reforma de quase cem de suas franquias nos próximos 12 meses. A companhia vai pagar 25% do investimento e financiar o restante para os parceiros em 12 vezes sem juros para agilizar a renovação de seus pontos de venda.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.