\n \n Com direito à presença da presidente Dilma\n Rousseff, a ALL inaugurou nesta quinta-feira (19) seu terminal em Rondonópolis,\n no Sul de Mato Grosso. Para o Governo e a concessionária, foi dia de festa pois\n o Complexo Intermodal Rondonópolis (CIR), localizado na BR 163, a 28 km do\n centro da cidade, é tido como o maior da América Latina. Mas, para os\n caminhoneiros, que vão suar a camisa todos os dias nesta nova unidade, trata-se\n apenas de um problema que mudou de lugar.\n \n \n \n Todas as dificuldades que a categoria vem\n enfrentando há anos no terminal da ALL de Alto Araguaia, na divisa de Mato\n Grosso com Goiás, já estão presentes também em Rondonópolis: filas enormes,\n poeira e falta de condições de higiene para quem espera pela descarga.nbsp;\n \n \n \n Faz cerca de um mês que o terminal passou a operar\n e já houve protestos de caminhoneiros. “Foram paralisações espontâneas devido à\n demora na descarga e por causa das condições ambientais. Não tem água\n suficiente nos bebedouros, os banheiros não têm porta e o pátio é só poeira”,\n conta Luís Gonçalves da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em\n Empresas de Transporte de Rondonópolis e Região (STTRR).\n \n \n \n Outro problema sério, de acordo com ele, é que, a\n exemplo de Alto Araguaia, o agendamento não está funcionando em Rondonópolis.\n “Os caminhões ou ficam dias esperando nos pátios das fazendas, nos terminais\n dos embarcadores, ou na própria ALL”, conta o sindicalista. Para ele, se a\n situação já é complicada em setembro, a tendência é de se tornar caótica no\n pico da safra, em fevereiro e março.\n \n \n \n Na semana passada, o sindicato fez um acordo com a\n concessionária para fechar um pátio alternativo em Rondonópolis, onde não havia\n a mínima condição para a espera. “No dia 2 de outubro, teremos reunião com o\n Ministério Público do Trabalho e com a Justiça do Trabalho para tratar dessas\n questões. Vamos aproveitar para realizar uma paralisação”, afirma.\n \n \n \n A intenção inicial do sindicato era fazer uma\n grande manifestação nesta quinta-feira. Mas o sindicalista admite ter recuado a\n pedido da assessoria da presidente Dilma.\n \n \n \n Cláudio Rigatti, diretor do Sindicato de\n Transportadoras do Estado de Mato Grosso (Sindmat), cobra que a ALL implante um\n sistema adequado de triagem para que o motorista possa se organizar e não gerar\n longas filas. “É preciso que os pátios destinados aos motoristas possuam\n estrutura adequada. Faz-se necessário o comprometimento de todos, da ALL e das\n tradings, para que tudo funcione bem. Caso contrário, o problema só irá ser\n transferido de um terminal para outro”, afirma.\n \n \n \n Segundo nota divulgada para a imprensa, o terminal\n tem uma área total de 385,10 hectares (equivalente a 900 campos de futebol) e\n capacidade inicial de carregamento de 120 vagões graneleiros a cada 3,5 horas.
“A ALL acredita na ferrovia como solução para a competitividade do país e tem\n orgulho de ser hoje o maior provedor logístico do Estado do Mato Grosso. Já\n conquistamos excelentes resultados operacionais com a entrega da primeira fase,\n e não temos dúvidas da contribuição do projeto para o escoamento de cargas para\n exportação”, afirma Alexandre Santoro, Presidente da ALL.\n \n \n