Agência Brasil/LD
O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, completou, em agosto deste ano, o 15º mês consecutivo acima dos 50 pontos. No respectivo mês, o Índice somou 56,4 pontos, indicando um recuo de 1 ponto na comparação com julho deste ano, quando chegou a 57,5 pontos, a 2ª melhor marca do indicador.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que, na passagem de julho para agosto, o ocorreram quedas no índice de intenção de investimento e na participação das empresas com produção estável ou crescente. Além disso, explica o economista, teve relativa estabilidade, mas com pequeno recuo, na participação das empresas que contrataram e no índice de confiança.
Quanto à atividade, ele explica que, em agosto, se constatou que a produção ficou estável em 57,8% dos estabelecimentos, contra 51,4% no mês de julho, enquanto as empresas que apresentaram expansão responderam por 21,9% do total, contra 31,4% no mês anterior. “Contudo, mesmo com a acomodação ocorrida no ritmo de atividade, o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue otimista em relação aos próximos seis meses”, reforçou.
Ezequiel Resende acrescenta que os índices de intenção de investimento e confiança permanecendo em patamares positivos. “Com os dados consolidados, constata-se que o IGDI segue acima dos 50 pontos, indicando que, na média geral, o desempenho foi satisfatório, segundo a percepção da maior parte dos empresários respondentes”, finalizou.
O Índice
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.