Da assessoria/LD
O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, foi positivo em outubro, sendo o 5º mês consecutivo em que fica acima da linha divisória dos 50 pontos. Em outubro, o Índice alcançou 54,8 pontos, indicando um aumento de 1,8 ponto percentual comparado com o mês de setembro.
Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, as variáveis de avaliação apresentaram o seguinte desempenho na passagem entre os dois meses: aumento na participação das empresas com produção estável ou crescente e na utilização da capacidade instalada, com expansões de 7,6 e 1 ponto percentual, respectivamente. Elevações de 1,8 e 4,9 pontos nos índices de confiança e intenção de investimentos. “Além disso, há o registro de queda de 6,7 pontos percentuais na participação das empresas que contrataram”, informou.
Ele ressalta que, no comparativo com o mesmo mês de 2017, quatro das cinco variáveis apresentaram resultados inferiores, o que sugere uma redução no ritmo de expansão quando comparado com o mesmo intervalo do ano passado. “Condição que pode estar associada a eventos que impactaram fortemente o ambiente produtivo ao longo deste ano, como a greve dos caminhoneiros, o aumento dos combustíveis e, claro, as eleições”, relatou.
Ezequiel Resende pontua que, mesmo assim, com todos os resultados consolidados o IGDI continuou acima dos 50 pontos, lembrando que o Índice é considerado negativo quando fica abaixo dos 50 pontos. “Na média geral, o desempenho em outubro foi positivo, segundo a percepção dos empresários respondentes”, explicou.
O Índice
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.