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Economia
01/05/2016 09:45:00
Indústria perde espaço na economia da maioria dos estados, mostra CNI

G1/AB

A indústria perdeu importância na economia da maioria dos estados entre 2010 e 2013, segundo pesquisa divulgada neste domingo (1º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em todo o país, a participação do setor caiu de 27,4% do total do Produto Interno Bruto para 24,9% no período analisado.

A queda foi sentida em 22 estados e no Distrito Federal – apenas no Amapá, Maranhão, Espírito Santo e Rio de Janeiro a participação da indústria na economia mostrou crescimento.

O maior recuo foi registrado na Bahia, de 6,6 pontos percentuais: a indústria do estado "encolheu" de 27,1% do total do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 para 20,5% em 2013. Segundo a CNI, a perda está relacionada a quedas nos setores de informática, eletrônicos e ópticos (-46,9%), veículos automotores (-32,9%) e metalurgia (-23,9%).

Houve recuos acentuados também da participação da indústria no PIB no Amazonas (-5,7 pontos percentuais, para 37%), Tocantins (-4,3 pontos percentuais, para 16,7%) e São Paulo (-3,5 pontos percentuais, para 22,9%).

Já o Amapá liderou a expansão do setor dentro da economia do estado: a indústria, que representava 7,7% do PIB estadual em 2010, passou a 13,2% no último ano da pesquisa. A alta acompanhou a maior diversificação da indústria do estado que, em 2010, era a menor do país.

Altas foram vistas ainda no Maranhão (de 16,8% para 19%) – puxada principalmente pela alta de 106% na indústria da transformação –, no Espírito Santo (de 40% para 40,5%) e no Rio de Janeiro (de 28,7% para 30,5%), em ambos os estados influenciadas pelo setor extrativo.

Participação no PIB nacional Apesar do recuo em relação ao PIB estadual, a indústria paulista segue representado a maior fatia do setor no país, sendo responsável, sozinha, por mais de um quarto da produção da indústria do país: 28,6% do total – equivalente a um valor adicionado de R$ 323 bilhões.

Em seguida, aparecem, no ranking dos maiores PIBs industriais do país, Rio de Janeiro (14,4% da produção industrial nacional), Minas Gerais (11,6%) e Paraná (6,6%).

A indústria do Amapá, por sua vez – apesar do maior crescimento relativo em relação ao total da economia do estado – representava, em 2013, apenas 0,1% da produção industrial nacional, mesmo percentual de Roraima e Acre.

Salários A pesquisa mostrou também que há grande disparidade entre os salários médios pagos pela indústria nos estados. Enquanto na Paraíba o salário médio é de R$ 1.338,10, no Rio de Janeiro esse valor é de R$ 3.426,00.