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Economia
29/08/2014 09:00:00
Investimentos têm queda de 5,3% no segundo trimestre
O desempenho dos investimentos teve peso na queda da economia brasileira no segundo semestre deste ano, informou hoje (20) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

CGNews/LD

O desempenho dos investimentos teve peso na queda da economia brasileira no\n segundo semestre deste ano, informou hoje (20) o IBGE (Instituto Brasileiro de\n Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com os primeiros três meses do\n ano anterior, a Formação Bruta de Capital Fixo, total investido, caiu 5,3%.\n \n Quando relacionados ao resultado do mesmo período do ano passado, os\n investimentos tiveram retração de 11,2%, o pior resultado desde o primeiro\n trimestre de 2009. Em números absolutos, foram investidos R$ 209,8 bilhões.\n \n No primeiro semestre deste ano, a Formação Bruta de Capital Fixo acumula\n queda de 6,8% e, em 12 meses, comparados aos 12 meses anteriores, registra\n recuo de 0,7%. A gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de\n La Rocque, disse que houve queda entre os principais componentes dos\n investimentos, a indústria de construção e a de máquinas e equipamentos:\n "Os insumos consumidos pela construção caíram, e também houve queda do\n emprego no setor."\n \n Na indústria da construção civil, houve queda de 8,7% na comparação com o\n ano passado, a pior variação desde o primeiro trimestre de 2002. Quando\n considerados os três primeiros meses do ano, houve recuo de 2,9%.\n \n Já a indústria de transformação caiu 5,5%, na comparação com o segundo\n trimestre de 2013, e 2,4% ante o primeiro deste ano. Além de pesar nos\n investimentos, o desempenho puxou a queda do setor industrial, que chegou a\n -1,5% na comparação com janeiro, fevereiro e março de 2014, e a -3,4% na\n relação com o ano passado. As importações de máquinas e equipamentos também\n recuaram, assim como os automotivos.\n \n Entre as razões para o mau desempenho, estão a Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho, período em que muitas\n cidades decretaram feriados, e os resultados da indústria automotiva, que,\n segundo o IBGE, vem sendo prejudicada pela queda nas exportações para a\n Argentina e a Venezuela e pela baixa renovação da frota.\n \n Outros fatores que pesam sobre o setor neste ano são a volta do IPI (Imposto\n sobre Produtos Industrializados) e o aumento da taxa básica de juros (Selic).\n "A Selic influencia porque bens de capital e de consumo duráveis dependem\n de financiamento e crédito", disse Rebeca. No segundo trimestre do ano\n passado, a Selic estava em 7,5% e, neste ano, encontra-se em 10,9%.\n \n Os resultados baixaram a taxa de investimento para 16,5% do PIB (Produto\n Interno Bruto), soma de todos os bens e serviços produzidos no país), a mais\n baixa desde 2006.