\n \n O ministro\n da Fazenda, Guido Mantega, anunciou neste sábado (30), em entrevista ao Jornal\n Nacional, que o governo desistiu de elevar novamente a alíquota do Imposto\n Sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis que aconteceria a partir\n de abril.nbsp;\n \n Com isso,\n as alíquotas do IPI para os carros permanecem no atual patamar até o fim deste\n ano. Mesmo com esta decisão, o tributo ainda seguirá em um patamar acima do\n estava sendo cobrado no fim de 2012.\n \n A medida,\n segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem por objetivo "não haver\n risco de que houvesse uma queda nas vendas ao longo do ano". "A\n indústria automobilística é muito importante para a economia brasileira. Ela\n representa 25% da produção industrial. Então, para manter a produção industrial\n crescendo, é importante que a indústria automobilística continue\n crescendo", afirmou.\n \n O governo\n informou ainda que busca estimular não somente o setor automotivo com a\n decisão, classificado como "um dos principais motores da economia",\n mas também "toda a cadeia automobilística, como as indústrias de\n autopeças, de estofamento e de acessórios".\n \n Entre\n 2008 e 2010, o governo já tinha baixado o IPI para incentivar a venda de\n veículos e estimular a atividade durante a primeira etapa da crise financeira\n internacional. No ano passado, a estratégia se repetiu e agora o imposto estava\n retornando aos poucos ao normal.\n \n Segundo o\n governo, a medida representa uma renúncia fiscal adicional (recursos que\n deixarão de ser arrecadados) de R$ 2,2 bilhões de abril a dezembro de 2013 em relação\n ao que já estava programado.\n \n Alíquotas\n do IPI
\n Para carros populares (até 1.0), por exemplo, a alíquota que valeu entre\n janeiro e o fim do mês de março deste ano foi de 2% - e assim permanecerá até o\n final de 2013. No fim do ano passado, entretanto, o IPI de carros populares\n estava em zero. Ainda assim, o IPI está menor do que a alíquota considerada\n "normal" pelo governo para esta categoria de veículos, que é de 7%.\n Sem a decisão do governo, o IPI de carros populares subiria para 3,5% de abril\n a junho e a alíquota de 7% seria retomada a partir de julho.\n \n Para\n carros com motores de 1.0 a 2.0 (flex), a aliquota permanecerá, portanto, em 7%\n até o fim deste ano - patamar que vigora atualmente. No fim do ano passado, o\n IPI destes carros estava em 5,5%. Se a decisão de prorrogar a atual alíquota\n não fosse tomada pelo governo, o IPI, nestes casos, subiria para 9% entre abril\n e junho e avançaria para a alíquota considerada "normal" de 11% a\n partir de julho deste ano.\n \n Para\n carros a gasolina, 1.0 a 2.0, a alíquota permanecerá no atual patamar de 8% até\n o fim deste ano. Sem a decisão de prorrogar a atual alíquota, ela subiria para\n 10% entre abril e junho e para 13%, nível considerado "normal", a\n partir de julho deste ano. No fim de 2012, o IPI destes veículos estava em\n 6,5%.\n \n Para\n utilitários, a alíquota do IPI permanecerá no atual patamar de 2% até o fim\n deste ano. Sem a prorrogação, o IPI subiria para 3% de abril a junho e para o\n patamar considerado "normal" de 8% a partir de julho deste\n ano.nbsp;Para veículos acima de 2.000 cilindradas, a alíquota permanece\n inalterada em 25% para os veículos a gasolina e em 18% para os carros flex,\n informou o Ministério da Fazenda.\n \n \n