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Economia
05/05/2013 09:50:19
JBS-Friboi "arremata" indústria construída com dinheiro a "fundo perdido" em MT
Uma pitada também de um negócio que pode se consumar como sendo "pra lá de suspeito". Esse é o panorama envolvendo o "arremate" da empresa e a gigante JBS-Friboi.

24HNews/PCS

\n Incerteza, eventuais transações envolvendo toda a planta da Tanery do Brasil em Cáceres, e ainda supostos crimes ambientais com mortes de dezenas de aves.
Uma pitada também de um negócio que pode se consumar como sendo "pra lá de suspeito". nbsp;Esse é o panorama envolvendo o "arremate" da empresa e a gigante JBS-Friboi. Na sobra, os trabalhadores da principal indústria de curtume na região Oeste de Mato Grosso, que não sabem o que vai acontecer. A empresa criada em 1994, com financiamentos a – fundo perdido – da então Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), tinha como meta processar o couro bovino oriundos dos abatedouros e de frigoríficos de toda a aquela região. Desde o inicio do mês de abril, todas as atividades foram mantidas, mas sob a coordenação administrativa de pessoas ligadas a gigante JBS–Friboi que teria comprado a planta de Cáceres.nbsp; Diante disso, não há maiores informações quanto ao futuro dos trabalhadores. O que sabe é que os salários dos atuais empregados da Tanery estão sendo quitados pela JBS/Friboi. As faturas relativas a comercialização de couros curtidos,nbsp; as notas fiscais continuam sendo emitidas pela razão social da Tanery do Brasil. Os funcionários da Tanery temem calote em seus direitos trabalhistas. Eles ameaçam a acionar o Ministério do Trabalho, o Ministério Publico do Trabalho Outra situação denunciada se refere a ausência de cuidados com resíduos industriais que estariam sendo depositados em locais impróprios em áreas de preservação. Aves estariam sendo contaminadas com lixos tóxicos e morrendo. Detalhe: a localização da Tanery está a poucos metros da baía das Pombas e do Rio Paraguai, ambientes povoado por aves e animais do Pantanal Mato-grossense. Termerosos, funcionários dizem que a Tanery do Brasil atualmente estaria urdindo uma “barganha” patrimonial não qual não estão inseridos os empregados. Segundo a denúncia, nbsp;tudo vem sendo tramado às escondidas sem qualquer transparência com os operários, muitos deles com mais de 10 anos de serviços prestados. “Nós queremos o acompanhamento do Ministério do Trabalho, do Ministério Publico do Trabalho, não podemos ficar nessa situação, sem qualquer posição oficial da Tanery; estamos sem qualquer orientação, o pessoal da Friboi entrou aqui e pronto” disse por telefone um dos empregados que está na empresa há mais de cinco anos. Em 1994, a Tanery registrou um acidente de trabalho dentro de seu parque industrial, dois trabalhadores morreram instantaneamente ao terem contato com produtos químicos, visto que não portavam equipamentos de proteção. Um terceiro ficou gravemente ferido morrendo anos depois, supostamente em consequência de lesões provocadas nos órgãos internos por ingestão de produtos químicos utilizados para curtir couro bovino. O caso teve enorme repercussão em todo estado. Além disso, a empresa sempre teve associada a si, o fato de suas lagoas de decantação exalarem odores que inibem até mesmo o apetite para refeições em escolas como (IFT-MT) onde mais de 500 alunos e ainda cerca de 150 professores cumprem jornadas diárias. Ocorre que a Tanery foi instalada a pouco mais de 700 metros dessa escola federal e de pousadas situadas a margem da baía da Pombas. A reportagem tentou um contato com a direção da Tanery, mas não obteve sucesso: o diretor atendeu o telefone, mas preferiu não fazer qualquer declaração e ainda pediu para seu nome não fosse citado na matéria. Ele porém confirmou a presença de gestores ligados a Friboi.
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