Os juros de mercado subiram pela nona vez seguida, em fevereiro, com \n alta média de 3,01% ao mês e de 4,04% em um ano para as operações de \n crédito contratadas por pessoas físicas. Isso significa uma correção de \n 5,82% ao mês e denbsp; 97,16% ao ano, as maiores desde agosto de 2012, \n quando o teto ao mês havia alcançado 6,02% e ao ano 101,68%, informam \n dados de pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, \n Administração e Contabilidade (Anefac).\n Houve elevação em todas as seis linhas de financiamento pesquisadas: o\n destaque foi o cartão de crédito, com alta de 7,58%, o maior nível de \n correção já registrados desde setembro de 2012. Na modalidade, a rolagem\n da dívida em um ano aumentou para 216,59%, ante 192,94%, em janeiro \n último. No mês, a taxa passou 9,37% para 10,08%.\n Do total de operações, o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) teve o \n segundo maior percentual de aumento - 3,55% - na compra de automóveis. \n Foi a maior elevação desde julho de 2012. Mas ainda assim é o tipo de \n financiamento com as menores taxas de juros do mercado. A taxa média \n passou de 1,69% para 1,75% ao mês, enbsp; de 22,28% para 23,14% ao ano.\n Já no comércio, o consumidor nunca pagou tão caro pelas compras a \n prazo desde agosto de 2012, com os valores acrescidos na média em 2,53% \n sobre janeiro último. A taxa ao mês atingiu 4,46% e, ao ano, 68,81%.\n Embora tenha apresentado pequena elevação, de 0,62%, o cheque \n especial ficou no segundo posto entre as mais onerosas modalidades de \n crédito: os juros cobrados ao mês estava em 8,08% e, ao ano, 154,06%.\n A melhor opção para quem precisou de dinheiro, no período, continuou \n sendo a busca por recursos de empréstimo pessoal nos bancos, mesmo com a\n correção de 1,23%. No entanto, comparado aos anos anteriores, as taxas \n foram as maiores desde agosto de 2012.\n Para as pessoas jurídicas, as três modalidades de crédito tiveram \n aumentos e a elevação média foi 0,91% ou 0,03 ponto percentual acima do \n registrado no mês anterior. As empresas estavam pagando ao mês juros de \n 3,32% ante 3,29% e 47,98% ao ano ante 47,47%.\n A tomada de dinheiro para capital de giro ficou 2,35%nbsp; mais cara com \n taxa ao mês de 1,74% e ao ano 23%. As retiradas por meio de descontos de\n duplicatas subiram 1,26% com taxas de 2,41% ao mês e de 33,08% ao ano. \n E, no caso da conta garantida, empréstimo rotativo para as micro enbsp; \n empresas, a variação atingiu 0,52% com a taxa ao mês de 5,82% e ao ano \n de 97,16%.\n De acordo com a previsão da Anefac, os juros tendem a sofrer novas \n elevações, já que a tendência é que o Comitê de Política Monetária \n (Copom) mantenha em alta a Taxa Básica de Juros, a Selic, como meio de \n conter a inflação.