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Economia
23/07/2015 10:45:00
Longen afirma que indústria fará a diferença para reverter crise econômica

Da assessoria/LD

Foto: Divulgação

Em entrevista concedida ao Programa Bom Dia MS, da TV Morena, nesta quinta-feira (23/07), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, reforçou que, apesar do cenário de crise econômica, o setor industrial sul-mato-grossense deve reverter esse quadro e retomar o crescimento registrado nos últimos anos. “Não podemos acreditar que tudo está perdido, a direção que devemos seguir é a de muito trabalho. Essa é a linha que temos procurado avançar com a consolidação da indústria no Estado”, declarou.

Sérgio Longen cita que, dentro do PDR (Programa de Desenvolvimento Regional), já estão elencados investimentos de mais de R$ 34,3 bilhões em 10 municípios de Mato Grosso do Sul - Água Clara, Bela Vista, Caarapó, Campo Grande, Chapadão do Sul, Maracaju, Ribas do Rio Pardo, São Gabriel do Oeste, Paranaíba e Três Lagoas. “Nós entendemos que a indústria vai fazer a diferença em um ano de muitas dificuldades. Apesar de o Governo Federal não estar colaborando para reverter essa situação, de uma maneira geral, o setor industrial está tentando construir ações para amenizar os impactos da crise econômica, que está aí fazendo um estrago muito grande, principalmente, no emprego do trabalhador”, declarou.

Com relação aos investimentos de R$ 34,3 bilhões, o presidente da Fiems refere-se aos projetos de ampliação e de implantação da Eldorado Brasil (R$ 8 bilhões), CRPE Holding (R$ 8 bilhões), Fibria (R$ 7,7 bilhões), CCR MS Via (R$ 5,5 bilhões), BBCA Group (R$ 1,2 bilhão), International Paper (R$ 900 milhões), ADM Brasil (R$ 750 milhões), CPX (R$ 567,7 milhões), BioUrja (R$ 420 milhões), Coame (R$ 500 milhões), Grupo Asperbras (R$ 304 milhões), Cargill (R$ 240 milhões), Frigorífico Aurora (R$ 120 milhões) e Latasa (R$ 30 milhões).

“Essas grandes empresas serão responsáveis pela geração de mais de 50 mil empregos diretos a partir deste ano e o Sistema Fiems, por meio do Sesi e Senai, tem construído ações para contribuir com a implantação dessas indústrias no nosso Estado. O Senai, principalmente, cada vez mais está ampliando sua estrutura física, com novas escolas e unidades móveis, para aumentar a qualificação profissional da população porque entendemos que a falta de mão de obra capacidade é o grande gargalo do setor no Estado e em todo o Brasil”, declarou Longen.

Ele reforça que a indústria vem ocupando um lugar de destaque na matriz econômica do Estado. “A Fiems e o Governo do Estado têm procurado atrair empresas interessadas em investir aqui. Por isso, entendo que vamos gerar o equilíbrio necessário para sair dessa rota de tristeza e de preocupação, gerando mais empregos. Posso garantir que, até o fim deste ano, estaremos revertendo o quadro atual de desemprego e de uma maneira mais regionalizada, beneficiando 10 municípios de várias regiões do Estado”, afirmou.

Campo Grande

Ainda durante a entrevista, Sérgio Longen comentou sobre a situação atual do distrito industrial de Indubrasil, que está em situação de abandono. “Esse é um cenário que gostaríamos de apagar e o Governo do Estado já está atuando nesse sentido com a revitalização do distrito, trazendo novos investimentos com a implantação de uma grande indústria no local. Dessa forma vamos virar essa página nos próximos meses e mudaremos essa história”, garantiu.

No entanto, o presidente da Fiems cobra mais agilidade por parte da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Campo Grande na atração de novos empreendimentos industriais para o município. “Ao invés de ajudar, a política de incentivo fiscal da Capital tem gerado transtornos para os empresários, que têm a intenção de se instalar na cidade”, disse.

Ele reforça que o modelo de incentivo fiscal local é muito burocrático e o setor não aceita morosidade, já que o prazo para se protocolar um pedido de isenção e essa solicitação ser analisada não sai em menos de 90 dias. “Depois disso vai para a Câmara de Vereadores, sem prazo para ser apreciado pelos parlamentares, ou seja, muita burocracia. Para reverter isso, temos procurado o prefeito Gilmar Olarte e o presidente da Casa de Leis, Mário César, para modernizar essa concessão de benefício. Precisamos de mais agilidade, a Capital tem perdido um pouco devido à essa burocracia”, analisou.

Em Dourados, conforme Sérgio Longen, tem caminhado na frente com uma estratégia de política fiscal com regras claras e transparentes. “No município, há mais vontade política e isso é importante para a atração de investimentos. É nessa direção que precisamos caminhar e, assim, contribuir para o desenvolvimento do Estado como um todo. Entendo que Dourado está trilhando um caminho de crescimento focado na atividade industrial”, pontuou.