Economia
19/08/2012 11:21:00
Mosca do estábulo preocupa pecuaristas no Mato Grosso do Sul
Estresse dos animais provoca perdas na produção de leite para os bezerros. Espécie possui "tromba" usada para picar e chupar o sangue dos animais.
G1MS/PCS
\n \n A\n mosca do estábulo virou um tormento para os pecuaristas do município de Nova\n Alvorada do Sul, em Mato\n Grosso do Sul. A forma defesa do gado contra a mosca do\n estábulo é manter o rebanho junto. O inseto tira o sono dos pecuaristas, deixa\n os animais inquietos, irritados.\n \n Na\n fazenda da pecuarista Ruth Barbosa, a 100 quilômetros de\n Campo Grande, a mosca incomoda a todos, inclusive os peões. Na propriedade são\n mais de 700 animais. O ideal seria que eles ficassem soltos no pasto, porém,\n nos últimos meses, sempre se vê o gado aglomerado.\n \n Eles\n não conseguem pastar, se debatem, esbarram a cabeça, as patas, As vacas acabam\n não dando leite suficiente para os bezerros, diz Ruth Barbosa, pecuarista.\n \n O\n que diferencia a mosca do estábulo da mosca doméstica é essa tromba que ela usa\n para picar e chupar o sangue dos animais. A picada da mosca incomoda o animal,\n ele deixa de se alimentar deixa de cuidar do bezerro, a vaca deixa de dar leite\n ao bezerro, explica Paulo Cançado, veterinário Embrapa.\n \n O\n pecuarista Pedro Horário reclama dos prejuízos que a mosca causa no\n confinamento. O gado tem que comer e deitar para engordar, mas ele não\n consegue, porque logo se levanta, fica se batendo por causa da mosca.\n \n Os\n criadores dizem que a mosca já existia na região, mas não era um problema. A\n situação ficou crítica de um ano pra cá, porque segundo eles, uma usina começou\n a aplicar vinhaça em maior quantidade nos canaviais.\n \n A\n vinhaça, um subproduto das usinas de açúcar e álcool, é usada como adubo nas\n plantações, mas também serve de criatório para as moscas. A usina se defende.\n A Agroenergia Santa Luzia fez uma conscientização de todas as equipes de\n aplicação de vinhaça, para que eles entendam o que é a mosca e quais são as\n condições que a gente deve evitar, para não haver proliferação de mosca.\n Segundo ponto: não permitir a aplicação excessiva e acúmulo de vinhaça nas\n áreas de aplicação, declara Valmir Viana, gerente da usina.\n \n Os\n criadores não concordam com as explicações e dizem que no campo a situação é\n outra. "O problema da vinhaça é a forma como eles estão jogando.\n Desigualmente, muito em um lugar só e está empoçando, onde a mosca costuma se\n produzir, afirma Pedro Horário, pecuarista.\n \n Em Mato Grosso do Sul, essa situação vem se\n repetindo há três anos nos outros municípios onde ocorreu a expansão da\n cana-de-açúcar.