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Economia
11/10/2013 07:28:14
MS deve conquistar a "grife Pantanal" e ter R$ 22,7 bilhões em investimentos
Só em grandes projetos, o governador André Puccinelli (PMDB) prevê investimentos de R$ 22,7 bilhões.

CGNews/PCS

Governador conta que o mais importante de tudo será a melhoria na qualidade de vida do sul-mato-grossense (Foto: Cleber Gellio)
Ao\n completar 36 anos de criação nesta sexta-feira, 11 de outubro, Mato Grosso do\n Sul tem boas perspectivas de ampliar o PIB (Produto Interno Bruto), que é 11º\n do País com R$ 43,5 bilhões, conforme dados de 2010 do IBGE (Instituto\n Brasileiro de Geografia e Estatística). Só em grandes projetos, o governador André Puccinelli (PMDB) prevê investimentos de R$\n 22,7 bilhões.\n \n Além\n disso, com a inauguração do Centro de Pesquisa e Reabilitação da Ictiofauna,\n mais popularmente conhecido como Aquário do Pantanal, Mato Grosso do Sul deve\n ganhar a guerra histórica com o vizinho Mato Grosso e faturar a “grife\n Pantanal”. A expectativa é de que a obra, orçada em R$ 100 milhões e prevista\n para outubro de 2014, viabilize pesquisas sobre a fauna pantaneira e atraia\n estudantes e universidades do mundo inteiro.\n \n "Daqui\n a cinco anos vocês vão ver o que centro de estudos de pesquisa vai fazer na\n cabeça das pessoas por causa do intercâmbio mundial, nós vamos nos apropriar da\n grife pantanal, por causa do intercâmbio das universidades e a gurizada vai\n introjetar que Estado do Pantanal é Mato Grosso do Sul", apostou o\n governador.\n \n Ele ainda\n aproveitou para rebater as críticas por conta do investimento milionário.\n "Na pesquisa, está aparecendo 0,2% de citação como crítica para o Aquário\n do Pantanal e 2,2% como a obra do governo", revelou.\n \n Para\n Puccinelli, o mais importante é a conquista” da grife para impulsionar o\n turismo no Estado, que já cresceu quase 300% nos últimos sete anos, de 40 mil\n para 159 mil turistas por ano. Segundo o chefe do executivo estadual, o tempo\n de permanência para conhecer as belezas naturais aumentou de dois para 3,9\n dias, em média.\n \n O turismo\n vem garantindo o desenvolvimento econômico de regiões que precisam preservar o\n meio ambiente. Mas não tem ficado restrito ao município de Bonito e ao\n Pantanal, que estão se consagrando no turismo mundial. Na região norte, Costa\n Rica, com suas belas cachoeiras, vem atraindo cada vez mais visitantes.\n \n Com a\n pavimentação da rodovia entre São Gabriel do Oeste e Aquidauana, prevista para\n ser entregue até o fim do atual mandato, o governador pretende incluir outras\n cidades, até então esquecidas, na rota dos adeptos do ecoturismo, um dos\n setores que mais cresce no mundo.\n \n Indústria\n \n O mais\n importante é que o Estado vem conseguindo superar o binômio grãos e boi. Nos\n últimos sete anos, foram R$ 29,5 bilhões em investimentos, com a chegada de 252\n novas indústrias e a geração de aproximadamente 90 mil novos empregos.\n \n A\n expectativa era de que Mato Grosso do Sul quadruplicasse o número de usinas de\n etanol e açúcar. No entanto, apesar da crise econômica mundial, que freou os\n investimentos no setor desde 2008, o número de usinas passou de 11 para 25\n unidades, que passam a produzir etanol, açúcar e energia elétrica.\n \n O\n governador prevê que outras quatro usinas de etanol devem investir R$ 4,8\n bilhões. A previsão é ampliar a produção atual de etanol, em torno de 2,5\n bilhões de litros por ano, e viabilizar a construção do duto para levar etanol\n e trazer derivados do Petróleo entre o Estado e o Paraná. O duto é um dos\n grandes sonhos do governador, mas a obra depende da exportação de 2,5 bilhões\n de litros de álcool combustível para sair do papel e se tornar viável\n economicamente.\n \n Celulose\n \n Após ganhar duas mega fábricas de celulose, da Fibria e Eldorado, que\n produzem 2,8 milhões de toneladas por ano, o governador prevê a chegada de mais\n duas empresas ao Estado, com a expectativa de investirem R$ 16 bilhões e\n criarem 5 mil empregos diretos na fase de operação. Só a construção deverá\n exigir a contratação de 16 mil operários, com se toda a população de Mundo Novo\n fosse mobilizada para garantir as duas obras.\n \n As novas indústrias de celulose vão ampliar o centurão de eucalipto, que\n estava restrito a divisa com São Paulo. A primeira fábrica, com previsão de\n investir de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões, deve impulsionar a economia de Ribas\n do Rio Pardo, a 103 quilômetros da Capital e com a economia totalmente baseada\n na pecuária. A cidade tem o segundo maior rebanho do Estado, com 1,1 milhão de\n bovinos.\n \n O governador dá pista de que a indústria é formada por empresas nacional e\n estrangeira. No entanto, não revela o nome do grupo. Ele garante que as obras\n começam em junho do próximo ano.\n \n A quarta indústria deve ser a Arauco Celulose, do Chile, mas que depende da\n mudança na interpretação da lei que restringe a compra de terras por\n estrangeiros. A empresa pode investir R$ 8 bilhões na região de Inocência e\n Paraíso das Águas. Localizada a 335 quilômetros da Capital, a pequena Inocência\n deve dobrar a população de 7,9 mil habitantes durante a construção da fábrica\n de celulose.\n \n E se não faltar a qualificação, 30% dos moradores podem trabalhar na\n indústria, já que a previsão é a geração de 2,5 mil empregos diretos em toda a\n cadeia.\n \n O outro grande investimento é na construção do pólo da borracha em\n Cassilândia, que pode receber investimentos de aproximadamente R$ 1 bilhão. O\n município já começou o cultivo de borracha para transformar a economia da\n pequena cidade e consolidar o desenvolvimento de toda a região do Bolsão.\n \n Um grupo americano vai investir em Chapadão do Sul em uma grande indústria.\n Outro grupo chinês vai investir R$ 640 milhões na produção de 600 mil toneladas\n de milho por ano. O grão deve agregar valor à agricultura. “Serão produzidos 40\n tipos de produtos”, garantiu o governador.\n \n Para solucionar o grave problema de falta de indústrias e de emprego na\n fronteira com o Paraguai, assolada pelo crime organizado e pelo tráfico de\n drogas, o governador aposta nas pequenas indústrias do vestuário. Ele avalia\n que elas vão exigir infraestrutura mínima e poderão contemplar até os índios,\n que vivem em situação de miséria por falta de oportunidades de trabalho.\n \n Marcas\n \n Apesar de contabilizar investimentos bilionários e a transformação da base\n econômica do Estado, o governador André\n Puccinelli pretende imprimir nos dois mandatos a marca "da melhoria\n da qualidade de vida" da população. “O principal será a melhoria na\n qualidade de vida e mais gente empregada”, afirmou, em entrevista ontem (10) na\n Governadoria.\n \n "O mais importante é o social, se as pessoas estão bem, estão bem, do\n que adianta ter dez Eike Batista com R$ 37 bi(lhões) e o resto nada",\n emendou.nbsp;Ele também enumerou como destaque\n a redução no déficit habitacional, a melhoria no ensino com a elevação de\n indicadores na educação e redução dos índices de criminalidade.\n \n “Mato Grosso do Sul foi o estado brasileiro que mais reduziu os índices de\n violência segundo levantamento do Ministério da Justiça”, afirmou. E ainda\n compara que a situação da criminalidade é muito inferior a registrada em São\n Paulo e Rio de Janeiro. "Fomos premiados e recebemos recursos por\n isso", completou.\n \n Apesar de frisar a responsabilidade dos municípios com a saúde, Puccinelli\n também fez questão de ressaltar ações no setor, como a construção de hospitais.\n "Até o final do mandato, vamos entregar anbsp;primeira etapa do hospital\n de Três Lagoas e de Dourados, vamos concluir o hospital de Ponta Porã e já\n entreguei o hospital de Coxim, Chapadão, Fátima do Sul e de Nova Andradina e\n mais o Regional de Campo Grande, que ampliou a quantidade de serviço e virou\n hospital dito pelo Ministério da Saúde como referência no centro oeste",\n destacou.\n \n E, num gesto raro, o governador admitiu que não identificou uma marca\n específica para os oito anos de mandato a frente do Governo do Estado. “Tem\n muitas, sei lá, o povo que vai escolher”, concluiu.\n \n \n