Economia
23/01/2012 09:48:58
MS pode ter variedade de cana para produzir etanol celulósico
As pesquisas estão avançando e o BNDES vai investir R$ 1,1 bilhão no desenvolvimento de mais estudos sobre o etanol celulósico.
CGNews/AQ
\n \n Cana\n sem açúcar. É a ciência na reinvenção da cana em busca de fontes alternativas\n de energia. As pesquisas iniciaram no início do ano passado pelo Instituto de\n Química da Universidade de São Paulo (USP) e o etanol celulósico já faz parte\n dos planos da ETH Bioenergia, que projeta desenvolver a cana com mais fibra e\n menos sacarose em sua usina em Nova Alvorada do Sul, a 100 quilômetros de Campo\n Grande.\n \n As pesquisas estão avançando e o BNDES (Banco Nacional\n de Desenvolvimento Econômico e Social) vai investir R$ 1,1 bilhão no desenvolvimento\n de mais estudos sobre o etanol celulósico. A cana também deverá substituir o\n petróleo na produção de resina para produzir o plástico. Hoje a matéria prima é\n extraída do petróleo ou do gás natural. O plástico verde deve sair do gás\n produzido pela biomassa (bagaço de cana).\n \n A\n nova variedade ainda não existe no campo, mas a expectativa é que a nova\n geração de biocombustíveis ganhe o mercado após 2015. A cana (geneticamente\n otimizada) será usada para produzir mais matéria orgânica (biomassa) do que\n sacarose.\n \n A\n usina em Nova Alvorada do Sul tem capacidade de moagem de 3 milhões de\n toneladas de cana por safra e produz 180 milhões de litros de álcool. É a maior\n produtora de etanol e energia alternativa em Mato Grosso do Sul.\n \n A\n ETH Bioenergia, que tem três outras usinas no Estado Rio Brilhante, unidade\n do Alto Taquari e Costa Rica foi criada em 2007 pela Odebrecht. Neste ano, com\n as quatro unidades de MS e outras cinco no resto do país, a ETH terá capacidade\n instalada para processar 40 milhões de toneladas de cana, produzir 3 bilhões de\n litros de etanol e 2.700 Gwh de energia elétrica. A previsão é de que até 2014\n entre em operação as primeiras usinas do biocombustível em escala de\n demonstração (até 3 milhões de toneladas por safra).\n \n A\n iniciativa do BNDES, junto com a Finepe (Financiadora de Estudos e Projetos) de\n financiar e apoiar com R$ 1,1 bilhão pesquisas com etanol celulósico no país é\n inédita, segundo o jornal Valor Econômico. O objetivo é que esses projetos\n validem a tecnologia de forma a dar segurança necessária para que os\n investidores partam para a escala industrial - acima de 80 milhões de litros\n por safra, disse o chefe do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Carlos\n Eduardo Cavalcanti em entrevista ao Valor.\n \n De\n acordo com a reportagem, os planos de negócios foram aprovados dentro do PAISS\n (Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético\n e Sucroquímico) que deve destinar, além dos R$ 1,1 bilhão aos estudos com\n etanol celulósico, mais R$ 1 bilhão para outras duas linhas de pesquisa de\n segunda geração: novos produtos da cana-de-açúcar (bioquímicos, principalmente)\n - R$ 900 milhões - e gaseificação (uso do gás do bagaço para produção de\n biocombustível, plásticos, etc) - R$ 100 milhões.\n \n Na\n área de etanol celulósico foram aprovados 14 planos de negócios de 13 empresas.\n Entre elas, estão a ETH Bioenergia, do grupo Odebrecht, a Petrobras, o Centro\n de Tecnologia Canavieira (CTC) - que tem como sócias a Raízen (Cosan / Shell) e\n a Copersucar - além da espanhola Abengoa. \n \n \n \n \n