Economia/LD
No Brasil, a pressão externa veio junto com incertezas sobre as eleições presidenciais de outubro. A atual presidente Dilma Rousseff (PT), cuja condução da política econômica tem sido alvo de críticas nos mercados, tem ganhado força nas últimas pesquisas de intenção de voto e encostado em sua rival Marina Silva (PSB) num esperado segundo turno das eleições.
Segundo analistas, investidores compravam dólares para se proteger da possibilidade de o avanço de Dilma se estender nas próximas pesquisas eleitorais.
O BC dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, com oferta de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015.
O BC também faz mais um leilão para rolar swaps que vencem em 1º de outubro, com oferta de até 15 mil contratos. Até agora, o BC rolou cerca de 64% do lote total, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.
Ao todo, o Banco Central vai passar a ofertar 15 mil contratos de "swap cambial", o que representa um aumento frente ao patamar anterior, que era de 6 mil contratos. Com isso, a instituição estará "rolando", ou seja, emitindo novos contratos em substituição aos que estão vencendo, no ritmo de 100%. Até o momento, somente 70% dos contratos vinham sendo "rolados".
Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a medida do BC deve evitar que a moeda norte-americana continue subindo como aconteceu nas últimas semanas, mas não é suficiente para impor uma trajetória de queda mais consistente, já que incertezas eleitorais e internacionais devem continuar pesando sobre o mercado brasileiro.