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Um levantamento da UOL apontou que o custo de obras citadas na Operação Lava-Jato aumentou em R$ 162 bilhões desde o início das investigações. A operação já está em andamento há 25 meses, e nesse período, pelo menos 20 grandes projetos já foram citados em denúncias e delações. Na média, o preço de cada obra quase dobrou.
Os atrasos nos projetos também foram levantados pela reportagem. A maior parte acumula atrasos. O maior estendimento de prazo para entrega das obras chega a oito anos. Essas mudanças não necessariamente tem relação com corrupção ou superfaturamento, mas são decorrentes de mudanças nos projetos iniciais.
Segundo a reportagem da UOL, quando foram anunciadas, o preço de todas essas obras juntas era de R$ 134,7 bilhões. Hoje, somam um consumo de R$ 297 bilhões dos cofres públicos. Pelo menos 11 das obras estão sendo executadas pela Odebrecht, e 9 pela Andrade Gutierrez, ambas empresas citadas nas investigações.
Algumas das obras responsáveis por maior parte desse aumento foram anunciadas por valores muito menores do que os atuais. A usina de Belo Monte, em Altamira (PA), que inicialmente custaria R$ 7 bilhões ao Governo, hoje está avaliada em R$ 30 bilhões. em Ipojuca (PE). O orçamento refinaria da Petrobrás, Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), saltou de US$ 2,4 bilhões (R$ 8,4 bilhões) para R$ 40,1 bilhões (estimativas do Ministério do Planejamento).