\n \n Para\n garantir o desconto de 18% na conta de luz dos consumidores e de até 32% para\n as indústrias prometido ontem pela presidente Dilma, o governo vai ter de arcar\n com R$ 8,5 bilhões por ano. \n \n A\n informação é da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), órgão que\n regulamenta o setor, e o dinheiro extra virá de aportes anuais do Tesouro\n Nacional. \n \n O\n montante é 158% superior ao previsto inicialmente, em setembro do ano passado. \n \n Quando\n foi anunciada, a redução prevista seria de 16,2% para o consumidor e de até 28%\n para a indústria. Para garantir o desconto, o gasto se limitava a R$ 3,3\n bilhões. \n \n O\n governo, no entanto, contava com a adesão de todas as empresas que estivessem\n com seus contratos vencendo entre 2015 e 2017. No entanto, companhias como Cesp\n e Cemig preferiram ficar com seus contratos até o final e não antecipar a\n renovação dos contratos. \n \n Essa\n decisão já implicava em um maior aporte do governo, que o governo garantiu que\n não seria necessário deslocar verba do Tesouro, uma vez que “o próprio” sistema\n seria suficiente para tapar esse buraco. \n \n Esse\n uso de verba do sistema, entretanto, nunca foi totalmente esclarecido pelo\n governo. \n \n Ontem,\n entretanto, em pronunciamento em rede nacional, no rádio e na televisão, a\n presidente Dilma Rousseff anunciou que decidiu ampliar a redução das contas de\n luz e também antecipar o início do desconto. \n \n Segundo\n afirmou a presidente, a partir desta quinta as contas residenciais ficarão 18%\n mais baratas, ao contrário dos 16,2% anunciados inicialmente. A promessa\n inicial era reduzir as tarifas a partir do dia 5 de fevereiro \n \n No\n caso da indústria, agricultura, comércio e serviços, a redução será de até 32%.\n \n \n Para\n financiar o maior desconto e a desistência de empresas do setor, o Tesouro fará\n maior aporte, além de continuar nessa conta o uso do fundo CDE (Conta de\n Desenvolvimento Energético), que possui cerca de R$ 22 bi, e os créditos que o\n governo possui junto a Itaipu. \n \n \n \n \n