\n \n Pesquisa dirigida a 591 empregados de uma rede varejista de 68\n lojas no Brasil aponta que as qualidades e o comportamento de um líder\n empresarial favorecem o clima corporativo e os resultados dos negócios. Os\n melhores resultados foram verificados nos estabelecimentos com melhores\n lideranças. \n \n A investigação feita pelo estudante brasileiro Dálcio Reis Júnior,\n doutorando do Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da\n Universidade de Aveiro (centro de Portugal), informa que o líder corporativo\n “deve ter perseverança, paixão, integridade e humildade combinada com ambição.\n Deve ainda ser capaz de reconhecer padrões, definir um futuro desejado para a\n organização e canalizar os esforços dos colaboradores para tal futuro”, explica\n Arménio Rego, professor-orientador do brasileiro. \n \n Segundo o pesquisador, o que “o líder faz é mais importante do que\n aquilo que diz. As ações comunicam mais do que as palavras”. E acrescentou: “\n Líderes competentes, sérios, empenhados, respeitadores, perseverantes,\n honestos, otimistas, resilientes [com capacidade de lidar com problemas] e\n confiáveis aumentam as possibilidades de sucesso”, assinalou à Agencia Brasil. \n \n Arménio Rego e Dálcio Reis Júnior, juntamente com Miguel Pina e\n Cunha, professor da Nova School of Business and Economics (Universidade Nova de\n Lisboa), assinaram artigo premiado na Conferência Internacional sobre Negócios\n e Informação, realizada mês passado em Bali na Indonésia. Conforme Cunha, a\n pesquisa mostra que os líderes “carismáticos” geram impacto positivo no\n ambiente de trabalho porque tem a capacidade de “construir uma equipe”, de\n criar e de compartilhar uma missão onde os empregados “se veem e o têm o líder\n como exemplo”, disse. \n \n Para os pesquisadores o ambiente corporativo propiciado pela\n liderança tem importância complementar à remuneração. “Um salário digno é\n crucial. Transmite ao colaborador o quanto a organização valoriza o seu\n trabalho. E é um fator promotor da autoestima. Mas o salário incrementa,\n sobretudo, a motivação extrínseca. Para incrementar a motivação intrínseca, é\n necessário que o trabalho faculte oportunidades para a aprendizagem e o\n desenvolvimento pessoal seja suficientemente desafiante mas não excessivamente\n estressante, ajude a satisfazer necessidades sociais e de pertença, e seja\n significativo e útil”, enumera Arménio Rego. \n \n \n \n \n