VERSÃO DE IMPRESSÃO
Economia
04/01/2019 11:35:00
Preço da gasolina cai 4,1% e litro chega a R$ 3,89 na Capital
Queda do dólar é um dos motivos da redução; valor diesel também teve queda

CE/PCS

Foto: Arquivo/PC de Souza

Preço do litro da gasolina teve redução de 4,1% em Campo Grande, nos últimos 30 dias, e já pode ser encontrado por menos de R$ 4,00 na maioria dos postos da cidade. As informações são do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro/MS). Além disso, segundo rota realizada pelo Correio do Estado, que percorreu 25 estabelecimentos da Capital, é possível comprar o litro do combustível por R$ 3,89, com pagamento à vista.

“Esta redução deve-se a forte queda do dólar ante o real, que é um dos parâmetros utilizados pela Petrobras”, informou a Sinpetro, em nota. O preço médio da gasolina, verificado pela reportagem, está em R$ 4,00, cerca de 6,76% menor que o de dez semanas atrás (R$ 4,29), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Apesar da queda de preço, o movimento de vendas ainda não sofreu efeitos positivos, devido à época do ano. “Nesse período de férias coletivas das empresas e escolas, tradicionalmente, ocorre quedas em torno de até 25% no volume de vendas”, explicou a Sinpetro.

REFINARIAS

Ontem, a Petrobras reduziu em 2,73% o preço da gasolina em suas refinarias, levando o valor ao menor patamar em 15 meses. Segundo a estatal, o litro do combustível é vendido a R$ 1,4675, em média.

Em valores corrigidos pela inflação, a última vez em que o litro da gasolina foi vendido nas refinarias da estatal por menos de R$ 1,50 foi em meados de setembro de 2017. Depois, os preços dispararam, acompanhando a escalada das cotações internacionais do petróleo até atingirem, um ano depois, o recorde de R$ 2,2676 por litro, também corrigidos pela inflação.

Desde então, a queda acumulada no preço é de 35,3%, reflexo do recuo das cotações internacionais e do recuo da taxa de câmbio durante o processo eleitoral.

Durante o pico de setembro, a Petrobras anunciou ainda uma mudança em sua política de preços, permitindo que a área técnica segurasse reajustes da gasolina por até 15 dias. Segundo a empresa, as perdas seriam compensadas pelo uso de instrumentos financeiros de proteção conhecidos como hedge.

DIESEL

Em relação ao óleo diesel, houve queda de 5,16% no valor médio do litro, em dez semanas. O valor saiu de R$ 3,68 para R$ 3,49, segundo rota realizada pela reportagem.

E, apesar do fim do programa de subvenção criado no fim de maio para encerrar a paralisação dos caminhoneiros, na última segunda-feira, a Sinpetro informou que a Petrobras e o governo federal optaram por não retornar os R$ 0,35 que foram retirados pelo subsídio. “Nesse primeiro momento de transição, [eles] irão adotar o mesmo sistema que é utilizado para a gasolina, ou seja, a cada sete dias, no máximo, o preço poderá ter oscilações tanto para aumentar quanto para reduzir, dependendo de como se mostra o mercado internacional”, explicou a entidade.

Nas refinarias, já houve aumento foi de R$0,06 nas refinarias. “Esse valor possivelmente deverá ser cobrado nas bombas, caso o empresário assim analise a situação perante a concorrência”, finalizou.