Veja/PCS
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 1,18% em dezembro, sobre alta de 0,85% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 1,11% para o período.
Com o resultado de dezembro, o IPCA-15 acumulou uma alta de 10,71% este ano, o maior número desde 2002, quando a inflação medida pelo indicador atingiu 11,99%. A taxa de 1,18% registrada pelo IPCA-15 em dezembro também foi a maior para o mês desde 2002, quando ficou em 3,05%.
O resultado mostra que a inflação ultrapassou o teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), de 6,5%. Além disso, também superou a previsão de economistas do mercado financeiro, que estimavam que o IPCA chegaria ao final de 2015 em alta de 10,61%, segundo o último boletim Focus, divulgado no começo da semana.
Em dezembro, a inflação foi pressionada, sobretudo, pelos grupos alimentação e bebidas (2,02%) e transportes (1,76%). No primeiro grupo, ficaram mais caros produtos como cebola (26,28%), batata-inglesa (18,13%), tomate (17,60%), açúcar refinado (13,74%) e cristal (13,64%), feijão-carioca (5,60%), hortaliças (5,05%), frutas (4,90%) e óleo de soja (4,78%).
Já em transportes, destacaram-se os preços dos combustíveis. O litro da gasolina ficou 2,69% mais caro e o etanol, 7,14%. Também subiram os preços das passagens aéreas (36,54%).
Quanto aos índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (1,67%), por influência das contas de energia elétrica, que subiram 8,34%. O menor índice foi o da região metropolitana de Belo Horizonte (0,79%).