\n \n A situação de\n quem investiu no esquema financeiro da Telexfree em Campo Grande já\n provoca corrida judicial em busca de possíveis prejuízos. Enquanto alguns “divulgadores”\n marcam para esta segunda-feira mais uma carreata em defesa da empresa,\n advogados e o Procon confirmam a procura por quem se considera vítima. \n \n Segundo o Procon\n de Campo Grande, houvenbsp;aumento no número de reclamações durante as duas\n semanas anterioresnbsp;à decisão do Tribunal de Justiça do Acre, que rejeitou\n o recurso da empresa. \n \n “Nós já trabalhávamos\n desde o início do ano com a prevenção para esse cenário. Se no mês de junho o\n número de reclamações no Procon era mínimo, em julho chegou a pelo menos 50\n registros. O órgão terá ação para que o cliente tenha o retorno do valor\n investido e não ações do ressarcimento dos lucros prometidos” relata o\n superintendente do órgão de defesa do consumidor, Alexandre Monteiro. \n \n Na primeira\n quinzena de junho foram registradas na Capital vinte reclamações no Procon de\n Campo Grande. Segundo os defensores da empresa, o número ainda é tímido, se\n comparado com a quantidade de divulgadores em Mato Grosso do Sul. \n \n “Estou\n aguardando o andamento das coisas na Justiça e não descarto entrar com uma\n ação. Coloquei com um parceiro R$ 50 mil no negócio e não deu tempo de ter o\n retorno já que só ganhamos 80% do investido. No grupo de whats up da minha rede\n muita gente fala em fazer a mesma coisa se a empresa foi impedida de funcionar\n de vez”, diz o divulgador do Telexfree, Eduardo Marques, com atuação no\n interior do Estado. \n \n Estima-se que no\n Brasil a Telexfree tenha um milhão e meio de pessoas ligadas a empresa por meio\n de redes. Conforme um levantamento noticiado pelo IG, em todo País 176\n divulgadores já cobram na Justiça R$ 2,8 milhões, por prejuízos em\n investimentos feitos, lucros projetados e até danos morais. \n \n “Só nas últimas\n semanas oito pessoas nos procuraram para consulta jurídica sobre a Telexfree. A\n iniciativa é recomendável, pois o advogado ajuda muito em processos com o\n acompanhamento e orientação ao cliente. Para o nosso escritório cabe o pedido\n de rescisão com ressarcimento do dinheiro investido e até dos lucros cessantes.\n Na nossa visão o divulgador também pode cobrar na Justiça danos moral, já que\n em muitos casos abandonou outra carreira por esta oportunidade de negócio”,\n comenta o advogado, Jayme Magalhães. \n \n Para provar que\n seria economicamente viável, a Telexfree chegou a oferecer para a Justiça R$\n 660 milhões como garantia para continuar no mercado, mas disse que o valor\n milionário indicado como fonte para indenizações seria “o próprio valor da\n marca”. \n \n A grande maioria\n dos divulgadores ainda esperam que em terceira estância o desbloqueio da\n empresa aconteça e o trabalho de Marketing de Rede siga. \n \n “Não tive\n prejuízo. Amo Marketing Multinível, porém é como fazer um investimento\n qualquer. A única diferença nestas empresas atuais é a segurança de um retorno\n garantido. A Telexfree é a melhor e maior empresa de multinível já vista. Nunca\n vi algo igual, mesmo agora durante este período de turbulência. Quero voltar a\n trabalhar, e a maioria quer” afirma a divulgadora de Marketing Multinível”,\n Márcia Costa, que já participou de redes na Polishop, Telexfree e BBom e sempre\n procura dividir os riscos na atividade com parcerias. \n \n Telexfree é o\n nome fantasia da empresa Ympactus Comercial LTDA, que comercializa pela\n Internet pacotes VOIP (Voice Over Internet Protocol). A organização atua desde\n março de 2012 e passa por investigações em razão de ser vista como uma possível\n pirâmide financeira pela Justiça.\n \n \n \n \n \n \n