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Economia
01/08/2014 12:22:06
Produção da indústria cai 1,4% em junho, diz IBGE
Queda foi em comparação a maio. Menor produção de carros afetou resultado. Sobre junho de 2013, queda foi de 6,9%, a maior desde setembro de 2009.

G1/PCS

A produção de veículos caiu 12% de maio para junho e impactou a indústria\n brasileira, que mostrou retração pela quarta vez seguida.\n \n No sexto mês do ano, a atividade industrial registrou baixa de 1,4% frente\n ao mês anterior, a maior desde dezembro de 2013 nesse tipo de comparação,\n segundo dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de\n Geografia e Estatística (IBGE).\n \n "São quatro meses de resultados negativos. A magnitude dessa queda tem\n uma relação importante com o menor número de dias trabalhados para o mês de\n junho. Claro que tem relação direta com redução de jornada de trabalho,\n concessão de férias coletivas, redução de turnos de trabalho. Claro que o\n evento Copa do Mundo tem relação com esses fatores”, disse André Luiz Macedo,\n gerente da coordenação de Industria do IBGE.\n \n Frente a junho do ano anterior, a queda foi ainda maior, de 6,9%. Segundo a\n pesquisa, foi o recuo mais forte desde setembro de 2009, quando o índice teve\n baixa de 7,4%.\n \n No segundo trimestre, a indústria brasileira mostra queda de 5,4% e, no\n primeiro semestre, de 2,6%, em relação aos mesmos períodos de 2013. Em 12\n meses, o índice acumula baixa de 0,6% – a primeira queda desde março do ano\n passado.\n \n Maioria dos setores tem queda
\n Segundo o IBGE, na comparação mensal, junho contra maio, a maioria das\n atividades da indústria mostrou queda, com destaque para a produção de veículos\n automotores, reboques e carrocerias (-12,1%) e equipamentos de informática,\n produtos eletrônicos e ópticos (-29,6%). Na contramão, aumentou a produção de\n derivados do petróleo e biocombustíveis (6,6%), produtos alimentícios (2,1%) e\n bebidas (2,5%).\n \n “O movimento de queda passa pela atividade de automóveis e caminhões ele vai\n também às autopeças. Ou seja, a gente tem toda a cadeia da produção\n automobilística com comportamento de queda”, afirmou Macedo.\n \n Nessa mesma base de comparação, o setor de bens de consumo duráveis, como\n carros e eletrodomésticos, apresentou uma queda de 24,9%, a mais forte desde o\n início da série histórica do IBGE. A produção de bens bens de capital, caso das\n máquinas e equipamentos, também mostrou baixa de 9,7%. O setor produtor de bens\n de consumo semi e não-duráveis, como roupas e alimentos, registrou queda de\n 1,3%. A menor queda (0,1%) foi vista nos bens intermediários, caso das\n matérias-primas.\n \n Comparação anual
\n Na comparação com junho de 2013, a queda também foi generalizada, quando\n analisados os setores da indústria. A maior retração partiu da indústria de\n veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 36,3%,\n "pressionada em grande parte pela menor fabricação de automóveis, de\n caminhões, de caminhão-trator para reboques e semirreboques, de autopeças e de\n veículos para transporte de mercadorias", segundo informou o IBGE. Essa é\n a maior queda desde dezembro de 2008, quando havia recuado 51%, de acordo com\n Macedo.\n \n Também sofreram reduções as produções de máquinas e equipamentos (-14,2%),\n metalurgia (-12,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e\n ópticos (-25,1%), produtos de metal (-15,6%) e máquinas, aparelhos e materiais\n elétricos (-18,4%), entre outros.\n \n Na contramão, avançaram as produções de coque, produtos derivados do\n petróleo e biocombustíveis (9,9%), produtos alimentícios (7,4%), indústrias\n extrativas (2,9%) e bebidas (9,4%).\n \n A produção de bens de consumo duráveis caiu 34,3% e de bens de capital,\n 21,1%. Também tiveram resultados negativos bens de consumo semi e não-duráveis\n (-3,0%) e de bens intermediários (-2,9%).\n \n No semestre
\n No ano, assim como nos outros tipos de comparação, o setor que mais diminuiu\n sua produção foi o de veículos automotores, acumulando queda de 16,9%. Na\n sequência, aparecem produtos de metal (-10,1%) e metalurgia (-5,0%), entre\n outros. Entre as oito atividades que aumentaram sua produção estão,\n principalmente, indústrias extrativas (4,1%) e produtos alimentícios (2,1%).\n \n Entre as categorias, recuaram as produções de bens de consumo duráveis\n (-8,6%) e de bens de capital (-8,3%), pressionadas especialmente pela redução\n na fabricação de automóveis (-16,7%) e de equipamentos de transporte (-15,1%).\n O segmento de bens intermediários mostrou queda de 2,2%.\n \n A única taxa positiva no semestre é a do setor produtor de bens de consumo\n semi e não-duráveis, que cresceu 0,3%, "impulsionado principalmente pela\n maior produção de medicamentos, gasolina automotiva e álcool etílico".\n \n \n