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A produção de veículos no Brasil subiu 13,6% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, afirmou nesta sexta-feira (6) a associação das montadoras (Anfavea).
As fábricas instaladas no país montaram um total de 1,43 milhão de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus de janeiro a junho, contra 1,26 milhão no primeiro semestre de 2017.
O crescimento ocorreu em todos os segmentos, com avanço de 12,6% nos carros de passeio e comerciais leves, 37,7% nos caminhões e 49,7% nos ônibus. Vendas
Os emplacamentos de veículos novos ficaram estáveis de maio para junho e cresceram 14,4% no semestre. Segundo Antonio Megale, presidente da Anfavea, as vendas de junho foram afetadas pela greve dos caminhoneiros e pela Copa do Mundo.
“Esperávamos um pouco mais desse mês, mas a greve do mês passado atrapalhou um pouco os emplacamentos. A Copa do Mundo também influencia”, disse.
Exportações
Depois de puxarem a recuperação da crise, as exportações ficaram praticamente estáveis no semestre, com avanço pequeno de 0,5% sobre o número de 2017. No total, foram enviadas para fora do país 379 mil unidades.
"Vemos alguns problemas com nossos principais parceiros. O México está instável, acabou de ter uma eleição, e a Argentina também. Esses países estão revendo seus pedidos", explicou Megale.
Mesmo assim, o volume atual de exportações ainda é um recorde histórico, pouco acima do registrado em 2017.
Projeções revistas
A Anfavea manteve a expectativa de alta de 11,7% nas vendas de veículos novos em 2018, mas reduziu a estimativa de avanço na produção de 13,2% para 11,9%.
Para as exportações, a entidade estava mais otimista em janeiro com previsão de acréscimo de 4,5%, mas agora trabalha com estabilidade (0%), repetindo o mesmo volume total de 766 mil unidades registrado no ano passado.