Da assessoria/LD
Quase metade dos turistas que visitam Mato Grosso do Sul estão dispostos a gastar mais de R$ 1 mil em atrativos turísticos. É o que revela a pesquisa Turismo no MS: Comportamento de consumo do turista, divulgada nesta quinta-feira (14) em Campo Grande. O levantamento foi elaborado pelo Sebrae/MS e pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio/MS (IPF/MS).
O estudo mostra que a fatia que pode gastar mais de R$ 1 mil corresponde a 47,64% dos entrevistados. O número é seguido por 19,81%, que estava disposto a desembolsar entre R$ 501 a R$1 mil; 14,15%, que iria gastar entre R$ 201 a R$ 500 em atrativos turísticos e 9,43% dos respondentes gastariam até R$100.
A pesquisa foi realizada nas três principais regiões com atrativos e estrutura turística do estado: Campo Grande, Bonito e Pantanal. Em Mato Grosso do Sul, o estudo aponta que os destaques são o turismo de lazer, com ecoturismo e pesca, e turismo de eventos e negócios.
Para a analista técnica do Sebrae/MS e economista, Vanessa Schmidt, o estudo mostra possibilidades para o setor no estado, que hoje já emprega mais de 29 mil pessoas conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho.
“Tanto o turismo de Bonito quanto Corumbá tem atrações mais estruturadas e que permitem que o turista tenha uma faixa maior de gastos. Já em Campo Grande é diferente, a maioria dos turistas tendem a permanecer pouco tempo na cidade e são do próprio estado, que vem em busca de serviços de saúde, a trabalho, ou eventos locais”, explica.
Expectativas dos empresários
Segundo o último levantamento da RAIS do Ministério do Trabalho, mais de 4.600 empresas atuam no Turismo em Mato Grosso do Sul. Para entender os principais desafios e estratégias dos empresários, a pesquisa analisou também o comportamento e as expectativas de quem empreende no setor.
Em Campo Grande, as estratégias mais utilizadas para permanecer no mercado são parcerias com outros empresários e redução de custos de operação da empresa, como redução das diárias, uso de energia fotovoltaica, entre outros.
Já em Bonito, considerado o principal destino dos turistas, os empreendimentos apostam no diferencial do atendimento e na utilização do voucher para a organização entre os segmentos. Por fim, em Corumbá, o foco fica no turismo de pesca e de fronteira com a Bolívia.