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Antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o Comitê Rio 2016 iniciou uma corrida por arrecadação. Revisando os gastos, os organizadores querem garantir parte do orçamento de R$ 7,4 bilhões com a venda de produtos licenciados.
Nesta quarta-feira, o comitê fez um showroom com centenas de produtos licenciados para apresentá-los ao varejo. O objetivo é comercializar 50 milhões de unidades de 8 mil produtos, faturando cerca de R$ 1 bilhão. Esse montante já compõe a previsão orçamentária do comitê. A ordem é vender para compensar a crise econômica nos 40 mil pontos de vendas no varejo.
Além do Rio, os principais focos do comitê serão as cidades-sedes do futebol e os locais que receberão o revezamento da tocha.
“Não tem crise para os Jogos. As pessoas virão e vão consumir de forma insana”, previu Rodrigo Caldas, gerente de licenciamento e varejo.
Cortes de gastos
Em pouco mais de uma semana, serão detalhadas quais áreas ficarão mais afetadas no corte de gastos para garantir que o orçamento do comitê não seja ultrapassado. De acordo com o diretor de comunicações, Mário Andrada, o corte de 30% não atingirá setores estratégicos, como os de comunicação, esportes e cerimônias.
Um dos problemas enfrentados é a baixa procura por ingressos, principalmente dos Jogos Paralímpicos – que só vendeu 220 mil entradas de um total de 3,3 milhões.
“A venda influenciou (nos cortes), mas teremos o início da comercialização direta dos Jogos Olímpicos no dia 20, que deve compensar. Além disso, as entradas da Paralimpíada vão começar a sair mais a partir do momento que as pessoas se familiarizarem mais com a competição”, comentou Andrada.