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A dupla arroz e feijão, prato tradicional na mesa dos brasileiros, ficou mais cara neste mês. Insubstituíveis, os campo-grandenses estão diminuindo o consumo para tentar economizar, mesmo assim consideram que é difícil ficar um único dia sem comer a dupla imbatível que ficou até 40% mais caro em alguns supermercados de Campo Grande.
Em alguns estabelecimentos o pacote com um quilo de feijão é encontrado por R$ 4,69 , mas esse preço varia conforme a qualidade do produto. O arroz não ficou para traz e dependendo da marca, é encontrado por até R$ 15,90 o pacote com cinco quilos.
Para o gerente de um mercado localizado na região da Avenida Júlio de Castilho, o feijão apresentou aumento de 40% neste ano e é vendido por até R$ 5,69, dependendo da qualidade. "Um dos principais produtores é Minas Gerais e eles diminuíram a produção, esse foi um dos motivos do aumento. O aumento do dólar e o período chuvoso também influenciaram", explica.
O consumidor considera um absurdo o aumento, mas afirma que não tem como fazer as refeições sem os dois principais produtos. A doméstica Josefa dos Santos Silva, 47 anos, foi hoje (8) até um supermercado localizado no Bairro Tiradentes e se assustou com os preços.
Ela conta que na sua casa são apenas duas pessoas, ela e o esposo, por isso o consumo já é pouco, mesmo assim vai ter que diminuir ainda mais para economizar, mas deixar de comprar o feijão, ela diz que está fora de cogitação. Josefa levou dois pacotes de feijão que estavam na promoção, e mesmo assim gastou mais de R$ 10.
"Não dá para comer arroz e feijão como comia antes, os preços estão um absurdo e não temos o que fazer, não dá para substituir e nem deixar de comer, o jeito é diminuir o consumo", conta ela que diz que se assustou com o preço na hora das compras.
Já a dona de casa Anete Costa de Moraes Pereira, 52 anos, uma das soluções para enfrentar os preços altos dos alimentos é substituí-los pelo macarrão. "O tradicional está muito caro, o jeito é inovar nas receitas fazer outras coisas no dia a dia", conta.
A camareira Cleuza Ferreira, 49 anos, diz que não tem palavras para expressar a sua indignação com a alta desses alimentos, mesmo assim ela afirma que não tem como deixar de consumi-los. "Sem o feijão e o arroz não tem como, a única forma é reduzir a quantidade", afirma.
Cesta básica - Não foram só o feijão e o arroz que ficaram mais caros, o açúcar também teve aumento em 2015. Segundo relatório da Cesta Básica Alimentar Individual e Família divulgado pela Semade (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), ele ficou 13,89% mais caro e em alguns mercados é encontrado pelo preço de R$ 4,39. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira.