\n \n \t Depois do sucesso do carro flex, agora surge a usina flex. Ela começou a\n funcionar em Mato Grosso e, além da cana, também usa o milho para \n produzir álcool.\n \n \t A usina, que fica no município de Campos de Júlio (MT), produz etanol \n de cana desde 2006 e começou os testes com milho há pouco mais de um \n ano. Nas últimas semanas, foi feita a primeira produção de 90 mil litros\n de etanol do cereal. A ideia é aproveitar as instalações no período da \n entressafra da cana.\n \n \t “No Mato Grosso o período normal de colheita seria de abril a outubro. E\n essas indústrias ficavam muito ociosas com o custo fixo muito alto. \n Isso vai fazer com que as indústrias trabalhem 11 meses durante o ano”, \n diz Sérgio Barbieri, diretor geral.\n \n \t Foram investidos quase R$ 20 milhões em novos equipamentos e \n adaptações. Parte das máquinas usadas no processamento da cana também \n servirá para a moagem e fermentação do milho. \n \n \n \t “Utilizamos a caldeira, que gera vapor; o gerador de energia, que gera \n energia; as dornas de fermentação e as colunas de destilação existentes \n dentro parque industrial para fabricar álcool de cana na fabricação do \n álcool de milho. Daí o termo flex”, explica Vital Nogueira, diretor \n industrial.\n \n \t De acordo com a fábrica, o custo para produzir um litro de etanol de milho fica R$ 1,23 e o de cana sai por R$ 1,10.\n \n \t A usina espera moer cerca de 300 toneladas de milho por dia. Os \n produtores têm a expectativa de ganhar mais pela saca de milho sem que o\n produto saia do estado.\n \n \t “Nós temos uma logística inadequada. Hoje, nós temos o milho mais \n barato do Brasil em Mato Grosso. Então, essa questão do etanol de milho é\n uma grande oportunidade. Ao invés de simplesmente exportar milho \n barato, você está produzindo álcool e agregando valor aqui dentro do \n Brasil”, diz Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil.\n \n \t Além do milho, a usina também pretende fabricar álcool combustível a partir do sorgo.\n \n \n