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As vendas de Natal do comércio tiveram um novo ano de queda em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (26) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento mostra que as vendas a prazo tiveram queda de 1,46%, no terceiro ano seguido de recuo das compras parceladas de presentes.
“O comércio vendeu menos a prazo, mas não significa que o brasileiro deixou presentear. Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, as famosas 'lembrancinhas'”, explicou em nota o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou muito mais limitado para compras caras.”
A queda, no entanto, é menor que a registrada em 2015, de 15,84%, a pior em 5 anos. Em 2014, o recuo havia sido de 0,7%.
“O resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2016, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar”, disse também em nota o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. “Ainda assim, vemos uma forte desaceleração na queda do volume de vendas, indicando que os piores momentos da crise ficaram para trás.”
Datas comemorativas
O Natal é considerado pelos lojistas a data comemorativa mais importante em faturamento e volume de vendas. Na comparação com outras datas comemorativas do ano, as vendas do Natal de 2016 caíram menos.
No Dia das Mães, as vendas parceladas caíram 16,4%. No Dia dos Namorados, 15,23%. No Dia dos Pais, 7,15%. No dia das Crianças, 9,02%.