Correio do Estado/LD
A cada ano, a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) perde alunos e apenas metade dos que se matriculam em algum curso da instituição, se formam. Nos últimos três anos, por exemplo, houve aumento na oferta de vagas, mas queda na quantidade de acadêmicos que chegaram ao fim da graduação. Para se ter uma ideia, em 2014, somente 50% dos matriculados em anos anteriores efetivamente se formaram. No ano anterior, 52% e em 2012, esse percentual era de 58%. Ou seja, ano a ano, menos estudantes terminam seus cursos.
E isso ocorre, mesmo com aumento na quantidade de vagas e de alunos mariculados. No ano de 2012, 15.984 estudantes estavam matriculados. Um ano depois eram 16.252 e em 2014, 17.185. Os números revelam quanto mais vagas a instituição abre, mais alunos abandonam ou ficam retidos por não conseguirem aprovação nas disciplinas.
Segundo a Pró-Reitoria de Ensido de Graduação (PREG) da UFMS, maior parte dos desistentes são acadêmicos que acabaram de ingressar na faculdade. Para a pró-reitora, Yvelise Maria Possiede, os chamados calouros são a maior parte dos desistentes.
O problema, segundo a PREG, é que boa parte desses estudantes se matriculam, não nos cursos que queriam, mas no que conseguem passar. Yvelise é doutora em genética, e é docente na instituição desde 1986, e afirma que os perfis do aluno e da universidade mudaram. “Hoje é um desafio fazer a gestão da UFMS, porque a universidade cresceu e passou de 5 unidades, quando comecei a dar aula, para 22. Nós não podemos mais aceitar aquela ideia clássica de que o professor dá aula e o resto depende do aluno.
A permanência desse aluno na instituição é muito importante. O acesso temos garantido – o desafio é, necessariamente, essa permanência”, afirmou a Pró-Reitora.