Agência Brasil/LD
O Conselho Nacional de Educação (CNE) vai realizar audiências públicas nas cinco regiões do país para debater a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. O documento vai orientar os currículos dessa etapa e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do ensino médio em cada área de conhecimento.
A primeira reunião será realizada em Florianópolis, no dia 11 de maio. Em seguida, haverá audiências em São Paulo (8/6), Fortaleza (6/7), Belém (10/8) e Brasília (29/8).
A BNCC foi entregue na semana passada pelo Ministério da Educação ao CNE. O conselho deverá analisar e aprovar a BNCC antes de o documento começar a valer.
No fim do ano passado, o CNE aprovou a base curricular para as outras duas etapas do ensino básico: a educação infantil e o ensino fundamental. Também foram realizadas cinco audiências públicas, além do recebimento de sugestões pela internet.
O ministro da Educação, Rossieli Soares, espera que a BNCC do ensino médio seja homologada até o fim deste ano, para que o processo de implementação possa ser iniciado em 2019.
Áreas de Conhecimento
O texto entregue pelo MEC organiza a BNCC do ensino médio por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio.
Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas-aula. As 1,2 mil horas restantes devem ser dedicadas ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante. Esses itinerários serão desenvolvidos pelos estados e pelas escolas, e o MEC vai disponibilizar nos próximos meses um guia de orientação para apoiar a elaboração desses documentos.
As escolas poderão oferecer itinerários formativos em cada uma das áreas do conhecimento ou combinando diferentes áreas. Outra opção é a oferta de itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área. Os alunos poderão também optar por uma formação técnico-profissionalizante, que poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio.