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Educação
29/05/2015 18:40:00
Greve afeta 48 universidades federais, dizem sindicatos
Em 18 das 63 universidades, os professores decidiram suspender aulas. Servidores técnicos de 45 universidades já pararam suas atividades.

G1/PCS

Quarenta e oito das 63 universidades federais do país têm a rotina afetada por greves que começaram a ser deflagradas na quinta-feira (28), de acordo com dados dos sindicatos.

Balanço divulgado nesta sexta-feira (29) aponta que o movimento atinge instituições de 26 estados, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e a Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Do total de 48 universidades afetadas, em 15 há greve conjunta de professores e técnico-administrativos. Em outras três instituições, apenas os professores suspenderam as aulas.

Em 30 universidades apenas funcionários (responsáveis por laboratórios, bibliotecas e áreas administrativas) pararam as atividades.

Há ainda outras quatro instituições nas quais os técnicos decidiram, em assembleia, começar a greve na próxima semana. (Veja abaixo a situação das federais por estado)

Os servidores pedem reajuste salarial, reestruturação da carreira e aumento de investimentos nas federais. Ao longo dos próximos dias, professores e servidores das demais universidades federais devem fazer assembleias para decidir se participam ou não do movimento nacional.

Data marcada

A data do início da greve havia sido anunciada pelo Andes-SN, após decisão em 16 de maio. Os professores tentam pressionar o governo federal a ampliar o repasse às universidades federais, apesar do corte de R$ 9,42 bilhões no orçamento do MEC.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse nessa quinta-feira (28) que "as greves só fazem sentido quando estiverem esgotados os canais de negociação" e rebateu a decisão de professores e técnicos de universidades de entrarem em greve.

SITUAÇÃO NOS ESTADOS

Acre

Os técnicos e professores da Universidade Federal do Acre (UFAC) decidiram em assembleia parar suas atividades.

Alagoas

Na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), tanto técnicos como professores aprovaram em assembleia a adesão ao movimento nacional de greve.

Amazonas

Na Universidade Federal do Amazonas, os funcionários técnicos decidiram aderir à paralisação por tempo indeterminado.

Amapá

Na Universidade Federal do Amapá (Unifap), os professores decidiram suspender as aulas pedindo reajuste salarial e reestruturação da carreira docente.

Bahia

Professores e servidores técnicos da Universidade Federal da Bahia (UFBA) pararam suas atividades.

A UFBA sofre ainda com a paralisação, desde o dia 13 de maio, de parte dos trabalhadores terceirizados dos setores de limpeza e administrativo. Eles pedem o pagamento dos salários de fevereiro, março e abril que ainda não foi feito pela empresa Líder Recursos Humanos, contratada pela universidade.

Na Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), os docentes decidiram em assembleia suspender as aulas por tempo indeterminado.

Ceará

Em assembleia, os técnicos Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) decidiram cruzar os braços e aderir à greve nacional.

Distrito Federal

Os servidores da Universidade de Brasília (UnB) estão com as atividades suspensas após a assembleia da categoria ter aprovado greve.

Espírito Santo

Os servidores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) aderiram à paralisação nacional. Já os professores da Ufes marcaram assembleia para a próxima terça-feira (2) para decidir se entram ou não em greve.

Goiás

Servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Goiás (UFG) entraram em greve nessa quinta. Os professores não aderiram ao movimento no estado.

Maranhão

Os servidores da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovaram, em assembleia, a greve por tempo indeterminado. Os funcionários paralisam suas atividades no dia 3 de junho.

Mato Grosso

Professores e servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entraram em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia. A UFMT tem cerca de 20 mil alunos e 1.800 professores.

Mato Grosso do Sul

Os funcionários técnicos da da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) decidiram aderir à greve nacional. Já os professores farão uma assembleia no dia 10 de junho para decidir pela aprovação ou não da greve.

Na Universidade Federal da Grande Doutados (UGDC), professores e servidores aprovaram a greve por tempo indeterminado.

Minas Gerais

No estado de Minas Gerais, os funcionários da Universidade Federal de Viçosa (UFV) entraram em greve nessa quinta-feira por tempo indeterminado.

Também aderiram os técnicos administrativos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG), da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro e da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), os funcionários acertaram em assembleia iniciar a greve na próxima segunda-feira (1°).

Pará

Professores e servidores de três universidades federais do Pará decidiram aderir à greve nacional.

Estão suspensas as aulas e as atividades dos funcionários na Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

Na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), os servidores decidiram em assembleia aderir à greve por tempo indeterminado.

Paraíba

Os professores e os servidores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

Na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), técnicos começaram nesta quinta a greve decidida em assembleia. Os professores do campus de Patos também resolveram aderir à greve.

Paraná

No estado, estão em greve os funcionários da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

Pernambuco

Os servidores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) começaram a greve, por tempo indeterminado, nesta quinta-feira. Com o movimento, os técnicos pretendem paralisar setores como administrativo, secretarias e bibliotecas.

Já os professores da UFPE e da UFRPE decidiram manter as aulas durante assembleia realizada na última segunda.

Piauí

Os servidores técnicos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) decidiram suspender as atividades durante tempo indeterminado. Os funcionários pedem reajuste salarial.

Rio de Janeiro

Professores e técnicos-administrativos da Universidade Federal Fluminense (UFF) estão em greve desde quinta-feira (28).

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e na Unirio, apenas os funcionários decidiram entrar em greve.

Rio Grande do Norte

Os docentes e os funcionários da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) estão em greve por tempo indeterminado.

Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os servidores entraram em greve. Os professores, no entanto, continuam a dar aulas.

Rondônia

Professores e servidores da Universidade Federal de Rondônia (Unir) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado.

Rio Grande do Sul

Os servidores técnicos de cinco das seis universidade federais do estado resolveram parar suas atividades por tempo indeterminado.

Estão em greve, os funcionários da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), da Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Santa Catarina

Os técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovaram, em assembleia, iniciar a greve na próxima segunda-feira (1°).

São Paulo

Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Universidade Federal de São Carlos (UFscar) estão em greve por tempo indeterminado.

Na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a decisão dos funcionários foi de paralisar as atividades a partir de segunda-feira (1°).

Sergipe

Professores e funcionários da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs) decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado.

Tocantins

Os professores e funcionários da Universidade Federal do Tocantins (UFT) aprovaram em assembleia a greve das categorias. Cerca de 20 mil estudantes estão sem aulas.

Professores em greve no Sergipe se algemam durante manifestação nesta quinta-feira (28) (Foto: Jorge Henrique/Futura Press/Estadão Conteúdo)