CGN/PCS
Estudantes que propagaram ameaças a LGBTQIAP no IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), campus de Coxim, foram afastados preventivamente das atividades presenciais. De acordo com nota emitida ao Campo Grande News pelo órgão, eles cumprem rotina escolar em Regime de Exercício Domiciliar e só devem retornar após conclusão das investigações.
Além disso, o instituto solicitou junto à Polícia Militar que ocorra rondas na região do campus “como medida preventiva e para assegurar a segurança de todos que estudam, trabalham ou visitam o local”, explica a nota. Por ser instituição mantida pela União a medida foi informada à Polícia Federal.
Tanto que no fim da tarde desta quinta-feira a reitora da unidade, Angela Kwiatkowski, esteve reunida com agentes da PF para discutir mais ações e medidas de segurança que podem ser tomadas. Por fim, informou que nos próximos dias será instaurada Comissão Disciplinar Discente, concomitantemente à investigação que já está sendo realizada no âmbito da Polícia Civil.
Sobre o pedido do Sinasefe-MS (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica sobre emissão de relatório detalhado sobre as medidas de segurança adotadas em todos os campus da instituição, bem como ações para evitar episódios de violência neste sentindo, o IFMS diz que para isso é necessário tempo hábil, portanto ainda não há resposta.
“O IFMS reforça ser uma instituição pública que tem a missão de promover a educação de excelência, prezando pela segurança e o bem-estar de seus estudantes e servidores, e repudia qualquer ato de violência ou ameaça à vida de todo e qualquer cidadão”, finaliza a nota.
Caso
No início desta semana a Polícia Civil de Coxim, em conjunto com a DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) cumpriu mandados de busca e apreensão de aparelhos celulares para apurar a prática de crimes de ameaça que envolvem estudantes do instituo.
A ação ocorreu após o conhecimento de grupos criados para planejar ataques contra alunos membros da comunidade LGBTQIAP . Uma das mensagens, a qual o Campo Grande News teve acesso, incitava a ações de violência e ataques preconceituosos.
Na segunda-feira (3), equipe policial do município apreendeu diversos aparelhos e adaga na residência de um dos envolvidos. De acordo com as mensagens, um massacre estaria marcado para a última quinta-feira (5).
Todo o ataque era combinado por três adolescentes por meio de mensagens trocadas em um grupo. Um deles é reincidente, já que em 2021 aterrorizou a população ao também fazer ameaçadas de massacre em uma escola estadual da cidade.