Educação
10/01/2013 07:58:35
Nota de corte de candidatos do Sisu pode ter apenas 10 pontos de diferença
Os dados são referentes a estudo comparativo divulgado hoje (10) pelo Ministério da Educação (MEC).
Agência Brasil/LD
\n \n A nota de corte dos candidatos do Sistema de Seleção Unificada\n (Sisu) pode ter apenas 10 pontos de diferença entre os alunos de ampla concorrência\n e os candidatos inscritos nos critérios de cotas, com baixa renda familiar per\n capita (inferior a 1,5 salário mínimo). É o caso do curso de engenharia\n elétrica da Universidade Federal do Ceará (UFC). \n \n Os alunos sem cotas tiveram nota de corte de 667,36 pontos, já os\n cotistas registraram 657,24 na nota de corte. No curso de medicina da UFC, o\n mais procurado do Sisu, os alunos não cotistas e cotistas de baixa renda mantêm\n uma diferença de 37,68 pontos na nota de corte. Cada um dos grupos registrou 783\n e 745,32 pontos na nota de corte, respectivamente. \n \n Os dados são referentes a estudo comparativo divulgado hoje (10)\n pelo Ministério da Educação (MEC). No curso com a maior nota de corte, o de\n medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as notas mantêm\n praticamente o mesmo desempenho registrado na Federal do Ceará. \n \n Os alunos inscritos na ampla concorrência obtiveram a nota de\n corte de 821 pontos, já os cotistas de baixa renda atingiram 778,81 pontos.\n Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o resultado pode ser\n considerado excelente, já que o desempenho dos cotistas até o momento é\n muito próximo do desempenho da ampla concorrência. \n \n É um grande resultado, mas não pode ser lido como uma acomodação\n e muito menos como se o desafio da qualidade no ensino médio não fosse imenso\n para o Brasil, para o MEC, especialmente para as secretarias estaduais de\n Educação responsáveis por 86% da rede, disse Mercadante. \n \n A Lei de Cotas prevê para este ano a reserva de 12,5% das vagas\n para estudantes que concluíram o ensino médio no ensino público, alunos cuja\n renda familiar é igual ou inferior a 1,5 salário mínimo, além de garantir o\n acesso de alunos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas. \n \n Para Mercadante, a Lei de Cotas impõe a reestruturação dessa etapa\n de ensino, já que vai garantir o acesso de estudantes da rede pública às\n universidades federais. A lei será implementada de forma gradual por quatro\n anos. \n \n Neste ano, serão 12,5% do total de vagas reservadas às\n universidades federais. Em 2014, o número sobe para 25% do total de vagas\n reservadas. Em 2015, serão 37,5% do total de vagas reservadas e em 30 de agosto\n de 2016 completa o prazo para o cumprimento total da lei, com 50% de todas as\n vagas reservadas.\n \n Nós avaliamos que no ano que vem isso [a diferença no desempenho\n entre cotistas e não cotistas] deverá se manter, com uma pequena discrepância.\n O problema pode aparecer a partir do terceiro e do quarto ano. Ou seja, temos\n que entender que a cota traz um novo desafio, de melhorar a qualidade do ensino\n médio. Se em um primeiro momento a nota está muito próxima, quando for\n aumentada a presença dos cotistas nas vagas, até chegar a 50%, a discrepância\n pode aumentar, argumentou. \n \n Mercadante ressaltou ainda a importância da bolsa assistência\n estudantil, de R$ 400, como uma das formas encontradas pelo governo para\n garantir a permanência dos alunos cotistas de baixa renda nas universidades\n federais. A medida está prevista para entrar em vigor em maio deste ano.\n \n O benefício será concedido aos alunos de cursos com duração diária\n acima de cinco horas e ainda depende da aprovação do Orçamento. Terão direito\n garantido à assistência os alunos aprovados no Sisu, por meio de cotas sociais.\n \n \n Segundo Mercadante, a assistência estudantil tem também o desafio\n pedagógico. Esse fato não retira das universidades a necessidade de ter um\n programa de reforço pedagógico e tutoria, para que os alunos possam suprir as\n suas deficiências ao longo do curso. \n \n \n \n \n