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Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) vão continuar em greve e mais: anunciaram uma 'vaquinha' para pagar multa diária de R$ 25 mil por descumprirem decisão da Justiça que mandou 80% da categoria voltar às salas de aula. A decisão foi tomada em assembleia na manhã desta sexta-feira (14).
Após anunciar o resultado da votação, o presidente da ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais em Educação), Geraldo Gonçalves, disse que vai mobilizar uma campanha para pagar a multa de descumprimento da liminar.
Na quinta-feira (13), a decisão do TJ (Tribunal de Justiça) concedida pelo desembargador Romero Osme Dias Lopes determinou que 80% dos professores retornem ao trabalho.
Ao todo, 396 professores participaram da votação na assembleia desta sexta. O resultado foi apertado, 212 optaram pela greve e 184 profissionais votaram contra a paralisação.
A categoria alega que a greve é legal e que a vai entrar com recurso para recorrer da decisão. Se for considerado que 20% dos 8.565 professores que a Reme diz ter apoiem o movimento, os professores terão de gastar em torno de R$ 15 por dia para bancar o 'custo judicial diário da greve'.
A professora Tania Ferraciole, ressaltou que a permanência da greve foi votada apenas entre os professores sindicalizados, o que significa que alguns educadores podem decidir por retornar ao trabalho. A última informação do sindicato apontava que a greve atingia 66% das quase 100 escolas da Reme.
Foi agendada nova assembleia para a próxima segunda-feira (17). Na terça-feira (18), representantes da categoria seguem para a Câmara Municipal de Campo Grande para falar com os parlamentares.
Na próxima reunião, a categoria deve discutir sobre a paralisação e a campanha de arrecadação de recursos para o pagamento da multa.