\n \n Virou\n caso de polícia. Dois dias após protagonizar uma das cenas mais polêmicas dos\n últimos tempos no futebol brasileiro, o massagista da Aparecidense, Romildo\n Fonseca, o “Esquerdinha”, afirmou nesta segunda-feira que tem recebido ameaças\n de morte. No último sábado, Esquerdinha evitou o terceiro gol do Tupi-MG em\n partida válida pelas oitavas de final da Série D. A vitória classificaria o\n time mineiro e eliminaria a equipe goiana, que acabou beneficiada pelo\n resultado de 2 a 2, com colaboração decisiva do massagista.\n \n Após\n invadir o campo e interferir diretamente no andamento da partida, Esquerdinha\n precisou ir correndo ao vestiário para não ser agredido, já que a revolta tomou\n conta do Estádio Municipal de Juiz de Fora. A delegação da Aparecidense ficou\n presa no local por mais de três horas até ter segurança mínima para deixar o\n local. Segundo o massagista, várias ameaças anônimas têm sido feitas por\n telefone.\n \n -\n Estão ligando lá em casa e ameaçando minha família. Falaram que eu não vou sair\n vivo dessa. Estão ameaçando meus filhos também. Minha mulher e meus filhos me\n ligam chorando direto, preocupados com minha vida – afirma Esquerdinha.\n \n O\n técnico Karmino Colombini também diz que foi ameaçado. Os dois prometem\n registrar o caso na polícia.\n \n -\n Me ligaram falando que sabiam que eu era o treinador e que não iriam poupar\n ninguém – afirma Karmino.\n \n Arrependido\n \n Ainda\n “preso” no vestiário após evitar o terceiro gol do Tupi-MG, Esquerdinha afirmou\n que não se arrependia do ato por causa do amor que sentia pela Aparecidense. O\n massagista temia pela eliminação do clube no Campeonato Brasileiro e também\n pela perda do emprego, já que a Aparecidense voltaria a campo somente no\n Estadual, em janeiro. Porém, diante da grande repercussão do caso e de maior\n reflexão, Esquerdinha muda o seu pensamento.\n \n -\n Estou muito arrependido, não deveria ter invadido o campo. Foi um ato impensado,\n eu não faria de novo.\n \n Embora\n tenha se classificado com o empate por 2 a 2, a Aparecidense ainda tem futuro\n incerto na Série D. Nesta segunda-feira, em entrevista ao programa “Arena\n SporTV”, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Flávio\n Sveiter, revelou que o caso deve ser julgado até a próxima semana. Segundo\n Sveiter, a procuradoria já se manifestou no sentido de anular a partida. Neste\n caso, Aparecidense e Tupi-MG se enfrentariam de novo em Juiz de Fora. No jogo\n de ida, em Aparecida de Goiânia, o placar foi 1 a 1.\n \n \n \n \n