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Às vésperas de viajar a Paris, Eduardo Paes condenou os ataques terroristas que deixaram 129 mortos e mais de 350 feridos na capital francesa, reivindicados pelo Estados Islâmico. O prefeito do Rio de Janeiro disse que o governo ligou o alerta para o terrorismo nas Olimpíadas de 2016 e não irá medir esforços para se prevenir de um "risco iminente". Em uma sabatina com jornalistas no Complexo Esportivo de Deodoro, onde inaugurou Centro de Hóquei sobre Grama, Paes criticou veemente as atitudes do grupo radical islâmico. Ele alegou que os atentados foram um ato da barbárie contra a civilização, e frisou a importância da cooperação internacional na troca de informações como arma para evitá-los.
- Temos que estar sempre preocupados com o terrorismo. Paris não era o alvo dos ataques, e sim os civis. Estou indo a Paris em duas semanas. Tenho certeza que precisamos lutar contra essas pessoas loucas e perturbadas que usam a religião como desculpa e argumento para fazer coisas loucas e matar inocentes. Estes atentados podem acontecer em qualquer lugar. Vamos tomar muito cuidado com isso, e as coisas vão correr bem nas Olimpíadas - disse o prefeito.
Na guerra contra o terror, será criado o Centro Integrado Antiterrorista. Monumentos emblemáticos da Cidade Maravilhosa, como o Cristo Redentor e o estádio do Maracanã, terão uma atenção especial das autoridades. O orçamento previsto para a segurança em 2016, a princípio, será de R$ 930 milhões. A estrutura de defesa vem sendo testada e aperfeiçoada.
Paes disse que o Brasil irá contar com a ajuda de serviços de inteligência dos Estados Unidos e de outros países que compõem o sistema da Interpol para aumentar a segurança. O prefeito assegurou que o tema está sendo tratado com cuidado pelo Governo Federal. Ele citou ainda a Copa do Mundo de futebol, no ano passado, como um exemplo de sucesso para o modelo de segurança.
- Este é um dos poucos temas que eu não trato diretamente, é mais do Governo Federal e do Estadual. O ataque de Paris não foi para Paris, foi ao mundo civilizado. É um ataque da barbárie contra a civilização. Até as Olimpíadas, a gente vai lidar com esse risco, mas o Governo Federal demonstrou na Copa do ano passado e vai provar novamente que tem capacidade de lidar com esses temas. E vamos contar com a colaboração de todos os serviços de inteligência do mundo, os melhores serviços de inteligência que houver - declarou Paes.
As Olimpíadas já foram alvo do terrorismo no passado. Nos Jogos de Munique 1972, 11 israelenses foram sequestrados e assassinados posteriormente pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro. A tragédia ficou conhecida como Massacre de Munique. Em Atlanta 1996, outro ataque deixou dois mortos e 11 feridos após a explosão de uma bomba em uma área de shows e eventos culturais, próxima aos locais que recebiam as provas olímpicas.