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Com 27 anos, Jade Barbosa é considerada uma veterana na ginástica artística. Ela é uma referência para as mais jovens tanto na seleção brasileira quanto no Flamengo, clube onde foi criada e com o qual renovou contrato por dois anos nesta sexta-feira, mirando a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Para se ter uma ideia, ela começou no Rubro-Negro em 1997. Por conta de sua paixão, a carioca segue mirando voos altos e, devido a isso, precisa se reinventar constantemente.
Em 2019, a principal competição da modalidade é o Mundial, que acontece na Alemanha em outubro. Mas, antes disso, Jade tem outros compromissos. Nos dias 15 a 17 de março, ela estará em Stuttgart, já que a seleção brasileira foi convidada para o torneio alemão DTB devido ao resultado no Mundial de 2018 (o Brasil foi para a final após 11 anos).
Mas a grande novidade da ginasta na temporada só será mostrada no Campeonato Brasileiro, que ocorre de 4 a 9 de junho. Trata-se da nova coreografia de solo, que a rubro-negra tem treinado forte para ficar perfeita e tem deixado guardada a sete chaves.
- Terminei na quinta a coreografia, não está do jeito que eu gostaria porque não deu tempo para sentir ainda. É para o Brasileiro. A gente começa a fazer um tempo antes porque exige, né, hoje em dia a parte coreográfica do solo é tão importante quanto a acrobática. A Federação Internacional exige isso dos atletas porque não quer que fique algo robotizado. O Brasil tem um ótimo histórico com coreografias, quero manter isso, estou muito satisfeita com a música, eu precisava mudar. Quero mostrar outra Jade. Estou em busca disso e espero conseguir no Brasileiro - comentou.
Jade Barbosa afirmou que a presença das mais novas, como Flavia Saraiva, Lorrane dos Santos e Rebeca Andrade, parceiras de seleção e no Flamengo - e que também renovaram com o clube rubro-negro até 2020 - tem sido um fator motivador para ela:
- Essa equipe é muito maravilhosa. Eu vivo em seleção permanentemente, vejo elas se esforçando e isso influencia a gente. Elas me lembram de onde eu vim. Essas meninas mais novas buscando seu melhor me dão um empurrão como atleta - opinou.
Quanto à longevidade, Jade atribui à infraestrutura atualmente no esporte:
- Eu acho que se você for ver cada vez mais os esportes têm atletas mais velhos, se for olhar mundialmente. Não achamos que íamos ter um atleta com mais de 20 anos, mas o Brasil tem bastante. Eu acho que é devido à infraestrutura que temos, clubes, CTs, equipes multidisciplinares, isso tudo mantém a saúde do atleta. São coisas que as novas gerações têm hoje em seu crescimento e é muito positivo - concluiu.
Jade Barbosa tem, além da participação nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, inúmeros títulos em sua carreira, tendo como destaque uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.