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A briga entre duas torcidas organizadas do Inter durante o primeiro tempo do empate em 1 a 1 com o Veranópolis, no último domingo, pela 1ª rodada do Gauchão, não passou incólume aos olhos de Daniel Soder. O árbitro da partida relatou em súmula as cenas de violência que tomaram a arquibancada do Antônio David Farina. Com o documento, Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) deve denunciar o Inter pelo episódio.
No documento, divulgado pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) na tarde desta segunda-feira, Soder cita "troca de socos, chutes e empurrões" entre integrantes das organizadas Camisa 12 e da Guarda Popular, identificados pela Brigada Militar. Na ata da partida, há ainda relatos de arremessos de pedras, que chegaram até mesmo a cair dentro do gramado em Veranópolis.
– Aos 19 minutos do primeiro tempo, a partida foi interrompida e ficou paralisada por 15 minutos devido à briga entre torcidas identificadas pela Brigada Militar como torcidas organizadas do Inter, Camisa 12 e Popular, com troca de socos, chutes e empurrões, e torcedores que estavam fora do estádio, também identificados pela Brigada Militar como sendo do Inter, arremessavam pedras de fora do estádio para dentro, causando ferimentos em alguns torcedores. Consequentemente, os torcedores de dentro do estádio arremessavam as pedras de volta para fora. Algumas das pedras arremessadas de fora caíram dentro do campo de jogo – diz o documento.
Ainda na súmula, o árbitro relatou que a Brigada Militar teve de chamar reforços de cidades próximas a Veranópolis para conter a violência.
A briga generalizada no espaço destinado à torcida do Inter no Antônio David Farina, em Veranópolis, interrompeu a abertura do Gauchão 2017 ainda no primeiro tempo do duelo entre VEC x Inter neste domingo. Alguns torcedores trocaram chutes e socos na arquibancada e também arremessaram pedras durante a confusão. Algumas pessoas ficaram feridas e receberam atendimento médico dentro do campo.
Em nota oficial, o Inter afirmou que decidiu suspender as torcidas organizadas envolvidas na briga. No comunicado, o clube diz que "lamenta profundamente" o episódio e que já começou a identificação dos envolvidos. O clube ainda afirma que "as medidas de sanção serão imediatamente adotadas de forma independente dos pertinentes procedimentos no âmbito criminal por meio da promotoria especializada".
O episódio deve culminar em denúncia contra o clube no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS). Conforme o procurador Alberto Franco, o Colorado deve ser denunciado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê perda de mando de campo de um a 10 jogos, em caso de punição. As torcidas, que já estavam proibidas de frequentar estádios por outros incidentes, também devem sofrer novas punições de parte do Ministério Público.