Da assessoria/LD
Apenas 15 anos de idade e já no topo do mundo. O fim de ano é especial para Jade Lanai, atleta de Brasília que encerra a temporada de 2019 como a melhor juvenil do planeta no tênis em cadeira de rodas feminino. Feito que enche de orgulho pelo excelente ano e também serve de combustível para alcançar novas conquistas em 2020.
Nascida em Palmas (TO), mas radicada no Distrito Federal, a jovem colhe os frutos da carreira que começou quando ela tinha 8 anos, em 2013. Depois de praticar diferentes esportes, foi no tênis em cadeira de rodas que ela encontrou novos motivos para sorrir. Após pegar uma raquete nas mãos pela primeira vez não teve dúvidas de onde queria chegar.
"Foi o tênis que me escolheu. Desde pequena, sempre fui atleta. Não de alto rendimento, mas sempre gostei muito de competir, sempre gostei de esporte. Cresci sabendo da importância do esporte para o dia a dia. Fiz natação, basquete, badminton e de repente fui apresentada ao tênis. Fiz uma aula experimental, gostei e resolvi largar os outros esportes para me dedicar ao tênis", relata a jovem, que permanece convicta de ter feito a escolha certa.
A evolução no ranking não é fruto do acaso. Neste ano, Jade conseguiu participar de mais competições no Brasil e ainda teve o apoio da Confederação Brasileira de Tênis e do Comitê Paralímpico Brasileiro para realizar uma gira de torneios por Argentina e Chile. Foi nítida a melhora do desempenho da tenista que enfrenta meninos na categoria juvenil e mulheres adultas na profissional.
"Eu aumentei a minha quantidade de treinos durante o ano, aumentei minha rotina em relação ao esporte e comecei a participar de mais torneios, estabelecendo metas mais altas. Não estava nos meus planos para este ano competir na Argentina e no Chile, mas com o apoio da CBT e do CPB isso se tornou possível e obtive resultados muito bons", comemora.
Melhor do planeta no juvenil feminino e terceira melhor do Brasil na categoria adulta, Jade agora vai em busca de mais conquistas. Passadas as festas de fim de ano, ela inicia a pré-temporada mirando o calendário de 2020. E logo em janeiro já tem um grande desafio pela frente: a disputa do Masters na França, onde representa o Brasil diante de alguns dos melhores atletas do tênis em cadeira de rodas do planeta. "Começo o ano representando o Brasil. A meta é focar no ranking junior e manter os bons resultados", finaliza a jovem campeã.
“Esperávamos por este ranking da Jade em janeiro, mas ficamos muito felizes por ver ela fechando o ano como número 1 do mundo. O que mais nos alegra é que ela é muito nova, tem apenas 15 anos, e muito tênis pela frente ainda. As raízes que plantamos em todo o Brasil, na popularização do tênis em cadeira de rodas, estão dando frutos e ficamos muito contentes com isso, por saber que o trabalho está sendo bem feito e isso nos motiva em fazer cada vez mais pelo tênis em cadeira de rodas”, destaca Jesus Tajra, vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis.