Placar/PCS
Na saída do hotel que serve de concentração para o Boa Esporte e onde o goleiro Bruno acabara de ser apresentado, no centro de Varginha, um diretor do clube falou ao pé do ouvido do policial: “Deixa ele ir, depois vocês vão mais atrás”, orientou Rildo Moraes, um dos três irmãos que comandam a equipe mineira.
O Cruze vermelho levou Bruno no banco do carona, e já na esquina a viatura número 20847, do 24oBPM, partiu atrás. O veículo que levava o goleiro para seu primeiro dia de treinamento foi escoltado até o Centro de Treinamento do Boa, curiosamente o antigo campo do extinto Flamengo de Varginha.
O site de VEJA perguntou ao empresário do jogador se era necessária aquela escolta. “Isso é com o clube. Decisão deles aí… Não temos nada a ver com isso. A recepção ao Bruno das pessoas na cidade está sendo ótima”, disse Lúcio Mauro.
A viatura ficou do lado de fora do Centro de Treinamento por cerca de 25 minutos, enquanto Bruno fazia exercícios de alongamento. Como havia apenas seis torcedores – alguns funcionários e todos favoráveis à contratação do jogador – do lado de fora, a PM deixou o local. “Temos um bom relacionamento com o Boa e entendemos que poderia haver alguma manifestação, algum tumulto. Por isso viemos. Mas não foi uma escolta”, disse o tenente Barros.
Bruno vestiu o uniforme de treino – ainda com os nomes dos patrocinadores estampados – e fez exercícios leves, dando três voltas no campo. Tomo banho, se arrumou e foi embora por volta das 11h. Desta vez já sem escolta da PM.