Globo Esporte/LD
Trinta e cinco minutos de futebol e uma vida inteira de emoção. Alan Ruschel sentiu nesta segunda-feira a sensação do renascimento. Ainda com pinos, parafusos e placas no corpo, o lateral-esquerdo voltou a ser jogador de futebol 252 dias após sobreviver ao trágico acidente aéreo na Colômbia com a Chapecoense. A história do retorno no Camp Nou, entretanto, vai muito além do período de bola rolando diante do Barcelona. Com a faixa de capitão no braço, o camisa 28 foi ovacionado ao ajoelhar-se para agradecer o retorno na Catalunha, que contou com presente de Messi, holofotes divididos com Follmann e Neto, e a certeza de que tudo que aconteceu foi fruto de merecimento.
Não foram poucas as vezes em que Alan afirmou e reiterou que não queria ser tratado com piedade e que o retorno deveria ser somente uma homenagem às 71 vítimas de 29 de novembro. Logo no primeiro toque na bola, ele mostrou que não seria "café com leite" na festa. Ao receber na intermediária defensiva pela direita, avançou em arrancada diagonal, deu um drible seco em Busquets e abriu o jogo para Reinaldo. O Camp Nou respondeu com aplausos. No período em que esteve em campo, o lateral posicionou-se para avançar na segunda linha de meio-campo do 4-2-3-1 de Vinícius Eutrópio e se mostrou participativo.